Fórum de Davos chega ao fim com tentativa de reduzir a preocupação com a China
Davos, Suíça, 23 Jan 2016 (AFP) - A diretora gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, tentou tranquilizar neste sábado os temores a respeito da China no último dia do Fórum Econômico Mundial de Davos.
Após o anúncio do crescimento de 6,9% da China em 2015, o pior resultado em 25 anos, Lagarde afirmou que o mundo não está assistindo a "um pouso forçado".
"Estamos vendo uma evolução, uma grande transição que vai ser acidentada", disse.
"Nós temos que nos acostumar com isto e é muito normal", disse, ao apontar que o gigante asiático, a segunda maior economia do mundo, está passando por uma nova fase, de uma economia industrial para outra de serviços, da concentração nas exportações para o estímulo ao mercado interno.
A queda vertiginosa do preço do petróleo contribui para o nervosismo em fóruns como Davos, onde a elite mundial se reúne a cada ano para ouvir aqueles que considera 'gurus', em uma tentativa de entender o futuro.
"O que está acontecendo é simplesmente o pior início de um ano de que se recordam os mercados financeiros, assim, simples", resumiu o francês Tidjane Thiam, presidente do Credit Suisse.
"O mercado está muito preocupado com a China, é natural. Teme a queda em uma recessão mundial", disse.
"A China tem os recursos e mais margem de manobra que muitos outros países", afirmou em outra sessão o investidor bilionário George Soros.
Aproveitar para reformarEm estado de preocupação permanente, a elite reunida em Davos também gosta de receber boas notícias. Por este motivo, recebeu de braços abertos o novo governo da Argentina, após 12 anos de ausência do país sul-americano.
O presidente Mauricio Macri obteve promessas de investimentos e recebeu um anúncio simbólico, mas significativo, dos Estados Unidos.
Washington deixará de votar contra a Argentina no momento de analisar créditos em instituições multilaterais.
A mensagem é um grande estímulo para que Buenos Aires resolva os problemas com os proprietários de títulos da dívida.
"O que a Argentina está fazendo agora é o que nós fizemos há alguns anos", afirmou o ministro da Fazenda do Brasil, Henrique Barbosa, que também viajou a Davos com a intenção de tranquilizar o mercado.
Mas o governo brasileiro enfrenta um segundo ano de recessão e uma crise política. A mensagem de Barbosa não teve o mesmo efeito do discurso argentino.
Para os demais países da América Latina, o momento é de apertar os cintos e aguardar um cenário mais tranquilo das tempestades no exterior.
O governo dos Estados Unidos elevou as taxas de juros e isto não favorece a América Latina.
"Haverá uma fuga de capitais de países emergentes para países desenvolvidos", disse Lagarde.
Os países que resistem graças a políticas prudentes aplicadas durante anos, exemplos de México, Colômbia e Chile, buscam oportunidades.
"Precisamos de menos protecionismo, que as regulamentações financeiras permitam aos bancos dos países desenvolvidos investir mais agressivamente em economias emergentes", disse à AFP o ministro colombiano da Fazenda, Mauricio Cárdenas.
"A região precisa de políticas fiscais ativas e ajustes inteligentes", afirmou em um discurso a secretária executiva da CEPAL, Alicia Bárcena.
"A região tem agora muito mais solidez econômica e espaço que em desacelerações anteriores para realizar este tipo de políticas", completou a secretária executiva da Comissão Econômica para América Latina e Caribe, organismo da ONU para a região.
Após o anúncio do crescimento de 6,9% da China em 2015, o pior resultado em 25 anos, Lagarde afirmou que o mundo não está assistindo a "um pouso forçado".
"Estamos vendo uma evolução, uma grande transição que vai ser acidentada", disse.
"Nós temos que nos acostumar com isto e é muito normal", disse, ao apontar que o gigante asiático, a segunda maior economia do mundo, está passando por uma nova fase, de uma economia industrial para outra de serviços, da concentração nas exportações para o estímulo ao mercado interno.
A queda vertiginosa do preço do petróleo contribui para o nervosismo em fóruns como Davos, onde a elite mundial se reúne a cada ano para ouvir aqueles que considera 'gurus', em uma tentativa de entender o futuro.
"O que está acontecendo é simplesmente o pior início de um ano de que se recordam os mercados financeiros, assim, simples", resumiu o francês Tidjane Thiam, presidente do Credit Suisse.
"O mercado está muito preocupado com a China, é natural. Teme a queda em uma recessão mundial", disse.
"A China tem os recursos e mais margem de manobra que muitos outros países", afirmou em outra sessão o investidor bilionário George Soros.
Aproveitar para reformarEm estado de preocupação permanente, a elite reunida em Davos também gosta de receber boas notícias. Por este motivo, recebeu de braços abertos o novo governo da Argentina, após 12 anos de ausência do país sul-americano.
O presidente Mauricio Macri obteve promessas de investimentos e recebeu um anúncio simbólico, mas significativo, dos Estados Unidos.
Washington deixará de votar contra a Argentina no momento de analisar créditos em instituições multilaterais.
A mensagem é um grande estímulo para que Buenos Aires resolva os problemas com os proprietários de títulos da dívida.
"O que a Argentina está fazendo agora é o que nós fizemos há alguns anos", afirmou o ministro da Fazenda do Brasil, Henrique Barbosa, que também viajou a Davos com a intenção de tranquilizar o mercado.
Mas o governo brasileiro enfrenta um segundo ano de recessão e uma crise política. A mensagem de Barbosa não teve o mesmo efeito do discurso argentino.
Para os demais países da América Latina, o momento é de apertar os cintos e aguardar um cenário mais tranquilo das tempestades no exterior.
O governo dos Estados Unidos elevou as taxas de juros e isto não favorece a América Latina.
"Haverá uma fuga de capitais de países emergentes para países desenvolvidos", disse Lagarde.
Os países que resistem graças a políticas prudentes aplicadas durante anos, exemplos de México, Colômbia e Chile, buscam oportunidades.
"Precisamos de menos protecionismo, que as regulamentações financeiras permitam aos bancos dos países desenvolvidos investir mais agressivamente em economias emergentes", disse à AFP o ministro colombiano da Fazenda, Mauricio Cárdenas.
"A região precisa de políticas fiscais ativas e ajustes inteligentes", afirmou em um discurso a secretária executiva da CEPAL, Alicia Bárcena.
"A região tem agora muito mais solidez econômica e espaço que em desacelerações anteriores para realizar este tipo de políticas", completou a secretária executiva da Comissão Econômica para América Latina e Caribe, organismo da ONU para a região.
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