JPMorgan corre risco de perder US$ 2 bi com crise no Brasil
Nova York, 7 Abr 2016 (AFP) - O banco norte-americano JPMorgan Chase poderá perder US$ 2 bilhões com o agravamento da crise política e econômica no Brasil, devido a sua alta exposição no país --advertiu o presidente da instituição, Jamie Dimon.
"Nossa exposição no Brasil é de cerca de US$ 11 bilhões, e acreditamos que no caso do agravamento da crise poderemos perder US$ 2 bilhões", escreveu Dimon em sua carta mensal aos acionistas.
O banqueiro recorda que, nos três últimos anos, JPMorgan Chase ganhou dinheiro em sua atividade na principal economia da América Latina.
2.000 clientes no Brasil
O primeiro banco americano em ativos dispõe de mais de 2.000 clientes no Brasil, incluindo centenas de empresas multinacionais.
"Não sairemos (do Brasil) porque as perspectivas de longo prazo permanecem boas e porque os brasileiros apreciam nossa permanência nestes momentos de maior necessidade", garantiu.
A presidente Dilma Rousseff enfrenta um processo de impeachment por causa das chamadas "pedaladas fiscais", em meio a uma inflação de dois dígitos e ao crescente desemprego.
James Dimon elogiou os esforços da Argentina para voltar a ganhar a confiança dos mercados financeiros e disse que seu banco apoia as medidas do governo de Mauricio Macri nesse sentido.
"Este ano, assumimos um pequeno risco extra na Argentina, ao conceder um financiamento especial para ajudar a devolver certa estabilidade ao país e favorecer seu retorno aos mercados financeiros globais", completou, sem dar detalhes.
Em fevereiro, a Argentina concluiu um acordo histórico com os chamados "fundos abutres". Há anos, esses fundos reivindicavam a devolução de US$ 4,6 bilhões por parte de Buenos Aires.
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