Cepal prevê contração de 0,6% na América Latina e de 3,5% no Brasil
Santiago, 9 Abr 2016 (AFP) - A atividade econômica dos países da América Latina recuará 0,6% em 2016, com queda de 3,5% no PIB do Brasil, revelam projeções atualizadas divulgadas nesta sexta-feira pela Cepal.
Esse novo cenário significa um recuo em relação à expansão de 0,2% estimada em dezembro passado.
"A Comissão Econômica para América Latina e Caribe (Cepal) revisou para baixo as projeções de crescimento da atividade econômica da região e espera uma contração média de 0,6% na América Latina e no Caribe para 2016", declarou o organismo.
A Cepal também atualizou o percentual de 2015: de uma contração de 0,4% informada anteriormente para um recuo de 0,5%.
"As novas projeções dão conta de um entorno global difícil, no qual se mantém o baixo crescimento dos países desenvolvidos, uma importante desaceleração nas economias emergentes - China em particular -, uma crescente volatilidade e custos nos mercados financeiros e baixos preços das matérias-primas, em particular hidrocarbonetos e minerais", detalhou a Cepal.
Além disso, "observa-se uma maior fraqueza da demanda interna dos países da região, na qual a queda no investimento doméstico está sendo acompanhada de uma desaceleração do consumo".
- Brasil afunda -Com uma queda do PIB estimada em 3,5%, o Brasil - a maior economia da região - puxa para baixo o desempenho da América Latina em meio a crise política que ameaça o mandato da presidente Dilma Rousseff.
Apenas a Venezuela, com recuo de 6,9%, terá desempenho pior que o Brasil na América Latina.
A crise econômica e política brasileira, deflagrada no final de 2014, após a reeleição de Dilma, se agravou nas últimas semanas na esteira da operação Lava Jato, que investiga o escândalo de corrupção na Petrobras.
A Argentina, dirigida pelo governo de direita de Mauricio Macri, deve registrar em 2016 um recuo do PIB de 0,8%, enquanto o Equador terá uma leve contração, de 0,1%.
O Peru deve avançar 3,8% em 2016, Chile, 1,6%, Colômbia, 2,9%, e Paraguai, 2,8%.
O México, segunda maior economia da região, tem previsão de crescimento de 2,3%.
No geral, como ocorreu em 2015, a dinâmica do crescimento mostrará claras diferenças entre países e sub-regiões.
Enquanto as economias sul-americanas, especializadas na produção de bens primários - especialmente petróleo e minerais - e com crescente grau de integração comercial com a China registrarão uma contração de 1,9%; as economias da América Central conhecerão uma taxa de crescimento de 3,9%, inferior aos 4,3% em 2015.
O Panamá, com 6,2%, liderará o crescimento regional em 2016, seguido por República Dominicana, 5,5%, Nicarágua, 4,6%, e Bolívia, 4,5%.
Esse novo cenário significa um recuo em relação à expansão de 0,2% estimada em dezembro passado.
"A Comissão Econômica para América Latina e Caribe (Cepal) revisou para baixo as projeções de crescimento da atividade econômica da região e espera uma contração média de 0,6% na América Latina e no Caribe para 2016", declarou o organismo.
A Cepal também atualizou o percentual de 2015: de uma contração de 0,4% informada anteriormente para um recuo de 0,5%.
"As novas projeções dão conta de um entorno global difícil, no qual se mantém o baixo crescimento dos países desenvolvidos, uma importante desaceleração nas economias emergentes - China em particular -, uma crescente volatilidade e custos nos mercados financeiros e baixos preços das matérias-primas, em particular hidrocarbonetos e minerais", detalhou a Cepal.
Além disso, "observa-se uma maior fraqueza da demanda interna dos países da região, na qual a queda no investimento doméstico está sendo acompanhada de uma desaceleração do consumo".
- Brasil afunda -Com uma queda do PIB estimada em 3,5%, o Brasil - a maior economia da região - puxa para baixo o desempenho da América Latina em meio a crise política que ameaça o mandato da presidente Dilma Rousseff.
Apenas a Venezuela, com recuo de 6,9%, terá desempenho pior que o Brasil na América Latina.
A crise econômica e política brasileira, deflagrada no final de 2014, após a reeleição de Dilma, se agravou nas últimas semanas na esteira da operação Lava Jato, que investiga o escândalo de corrupção na Petrobras.
A Argentina, dirigida pelo governo de direita de Mauricio Macri, deve registrar em 2016 um recuo do PIB de 0,8%, enquanto o Equador terá uma leve contração, de 0,1%.
O Peru deve avançar 3,8% em 2016, Chile, 1,6%, Colômbia, 2,9%, e Paraguai, 2,8%.
O México, segunda maior economia da região, tem previsão de crescimento de 2,3%.
No geral, como ocorreu em 2015, a dinâmica do crescimento mostrará claras diferenças entre países e sub-regiões.
Enquanto as economias sul-americanas, especializadas na produção de bens primários - especialmente petróleo e minerais - e com crescente grau de integração comercial com a China registrarão uma contração de 1,9%; as economias da América Central conhecerão uma taxa de crescimento de 3,9%, inferior aos 4,3% em 2015.
O Panamá, com 6,2%, liderará o crescimento regional em 2016, seguido por República Dominicana, 5,5%, Nicarágua, 4,6%, e Bolívia, 4,5%.
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