Grécia pedirá ajuda à UE para facilitar negociação com credores
Atenas, 27 Abr 2016 (AFP) - O primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, anunciou nesta quarta-feira que recorrerá à União Europeia para pedir que facilite as negociações com seus credores, criticando a postura do Fundo Monetário Internacional (FMI) no processo.
Uma fonte do governo informou que Tsipras pedirá nessa quarta-feira ao presidente do Conselho Europeu Donald Tusk uma cúpula para isso.
O presidente do Eurogrupo, o ministro das Finanças holandês, Jeroen Dijsselbloem, declarou que essa cúpula poderá ser realizada na semana que vem ou na seguinte.
"Não tenho data limite, mas sei que existe um sentimento de urgência compartilhado por todos. Temos que ver se será na semana que vem ou, no mais tardar, na semana seguinte", explicou em coletiva de imprensa, em Paris.
O assunto também poderá ser abordado em uma reunião de ministros das Finanças, mas o encontro dos representantes dos países da zona do euro prevista para quinta-feira foi prorrogada, rebaixando as expectativas da Grécia de obter um acordo antes de domingo.
Dijsselbloem decidiu na terça-feira à noite não convocar essa reunião extraordinária de ministros para quinta-feira.
Segundo sua porta-voz, precisa-se de "mais trabalho" para decidir sobre os próximos passos no programa de resgate de 86 bilhões de euros da Grécia.
Mais tarde a rede holandesa RTL-Z informou que a reunião só acontecerá se houver possibilidades de ser um "sucesso".
Nesta quarta-feira, a porta-voz do governo grego, Olga Gerovassili, acusou o FMI de estar "minando" as negociações com demandas que vão além dos compromissos acordados pela Grécia no acordo de julho passado.
A Grécia se comprometeu a estabelecer cortes de 5,4 bilhões de euros para 2018, com o objetivo de cumprir as exigências dos credores.
Agora, o governo afirma que são exigidas novas medidas de ajuste que somam 3,6 bilhões de euros, que podem ser implementadas posteriormente, mas que devem ser aprovadas pelo Parlamento.
Gerovassili disse que a demanda "rompe os limites que marca a constituição grega e o sistema legal europeu".
A última revisão dos credores tem como objetivo desbloquear uma parte do empréstimo para a Grécia, mas ainda existem divergências sobre os cortes nas aposentadorias e nas ajudas aos bancos em dificuldade.
Os governos da zona do euro também prometeram oferecer à Grécia algum abatimento da dívida, que foi a única concessão obtida por Tsipras nas tensas negociações que terminaram com um acordo em julho do ano passado.
Schäuble céticoO ministro das Finanças alemão, Wolfgang Schäuble, mais uma vez expressou seu ceticismo. "Quando forem cumpridas as condições vamos convocar a reunião", disse.
Sufocada por dívidas, a Grécia precisa de um acordo com seus credores para desbloquear as seguintes entregas do milionário plano de resgate de 86 bilhões de euros (95 bilhões de dólares).
Em julho, o governo grego deverá pagar 2,3 bilhões de euros (2,6 bilhões de dólares).
Gerovassili disse hoje que não há inseguranças em relação às reservas da Grécia.
Uma fonte informou à AFP que a Grécia poderá pagar suas dívidas sem dificuldade até o final de maio, já que nas últimas semanas o governo reuniu cerca de 500 milhões de euros das reservas de instituições públicas, incluindo o parlamento e a previdência social.
hec-arp-od/jph/an-jz/cc/mvv
Uma fonte do governo informou que Tsipras pedirá nessa quarta-feira ao presidente do Conselho Europeu Donald Tusk uma cúpula para isso.
O presidente do Eurogrupo, o ministro das Finanças holandês, Jeroen Dijsselbloem, declarou que essa cúpula poderá ser realizada na semana que vem ou na seguinte.
"Não tenho data limite, mas sei que existe um sentimento de urgência compartilhado por todos. Temos que ver se será na semana que vem ou, no mais tardar, na semana seguinte", explicou em coletiva de imprensa, em Paris.
O assunto também poderá ser abordado em uma reunião de ministros das Finanças, mas o encontro dos representantes dos países da zona do euro prevista para quinta-feira foi prorrogada, rebaixando as expectativas da Grécia de obter um acordo antes de domingo.
Dijsselbloem decidiu na terça-feira à noite não convocar essa reunião extraordinária de ministros para quinta-feira.
Segundo sua porta-voz, precisa-se de "mais trabalho" para decidir sobre os próximos passos no programa de resgate de 86 bilhões de euros da Grécia.
Mais tarde a rede holandesa RTL-Z informou que a reunião só acontecerá se houver possibilidades de ser um "sucesso".
Nesta quarta-feira, a porta-voz do governo grego, Olga Gerovassili, acusou o FMI de estar "minando" as negociações com demandas que vão além dos compromissos acordados pela Grécia no acordo de julho passado.
A Grécia se comprometeu a estabelecer cortes de 5,4 bilhões de euros para 2018, com o objetivo de cumprir as exigências dos credores.
Agora, o governo afirma que são exigidas novas medidas de ajuste que somam 3,6 bilhões de euros, que podem ser implementadas posteriormente, mas que devem ser aprovadas pelo Parlamento.
Gerovassili disse que a demanda "rompe os limites que marca a constituição grega e o sistema legal europeu".
A última revisão dos credores tem como objetivo desbloquear uma parte do empréstimo para a Grécia, mas ainda existem divergências sobre os cortes nas aposentadorias e nas ajudas aos bancos em dificuldade.
Os governos da zona do euro também prometeram oferecer à Grécia algum abatimento da dívida, que foi a única concessão obtida por Tsipras nas tensas negociações que terminaram com um acordo em julho do ano passado.
Schäuble céticoO ministro das Finanças alemão, Wolfgang Schäuble, mais uma vez expressou seu ceticismo. "Quando forem cumpridas as condições vamos convocar a reunião", disse.
Sufocada por dívidas, a Grécia precisa de um acordo com seus credores para desbloquear as seguintes entregas do milionário plano de resgate de 86 bilhões de euros (95 bilhões de dólares).
Em julho, o governo grego deverá pagar 2,3 bilhões de euros (2,6 bilhões de dólares).
Gerovassili disse hoje que não há inseguranças em relação às reservas da Grécia.
Uma fonte informou à AFP que a Grécia poderá pagar suas dívidas sem dificuldade até o final de maio, já que nas últimas semanas o governo reuniu cerca de 500 milhões de euros das reservas de instituições públicas, incluindo o parlamento e a previdência social.
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