CIDH pede que Venezuela adote 'medidas urgentes' contra escassez
Washington, 23 Jul 2016 (AFP) - A Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) denunciou nesta sexta-feira (22) a situação de escassez de remédios e de alimentos na Venezuela, pedindo às autoridades que adotem "medidas urgentes" para resolver a crise.
A CIDH exortou a Venezuela a "adotar medidas urgentes de política pública com uma abordagem nos direitos humanos", de acordo com um comunicado do organismo, sediado em Washington.
Em um contexto de escassez que afeta 80% dos alimentos e dos remédios e uma inflação de 180,9% em 2015 - projetada em 720% para 2016 pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) -, a CIDH lançou um apelo às autoridades venezuelanas para que atendam às "necessidades básicas da população".
"Essa situação conduziu a uma deterioração muito significativa das condições de vida no país e a um aumento da violência", afirma o texto.
Segundo a nota, a Comissão "observa com preocupação que essa situação de escassez e desabastecimento de produtos básicos, como os medicamentos e os alimentos, tem impactos negativos nas condições para garantir a vida digna dos venezuelanos, e urge que o Estado adote medidas integrais para superar essa crise".
O presidente Nicolás Maduro, que atribui a crise a uma "guerra econômica" de empresários e da oposição para derrubá-lo, ordenou recentemente que os militares controlem a distribuição de mercadorias, em uma tentativa de reduzir a escassez.
Analistas e empresários garantem, porém, que o problema é a queda da capacidade produtiva da Venezuela, devido ao controle de preços, e à falta de dólares para importar, dado o forte controle de divisas vigente desde 2003.
Em abril, o governo pôs nas mãos de grupos comunitários um plano para distribuir bolsas de alimentos de casa em casa a preços subsidiados.
A CIDH alega que "essas medidas não seriam suficientes para garantir o direito à alimentação" a toda a população.
Segundo um estudo da empresa Hinterlaces divulgado em 10 de julho passado, 74% dos venezuelanos não receberam a visita desses chamados Comitês Locais de Abastecimento e Produção.
A CIDH exortou a Venezuela a "adotar medidas urgentes de política pública com uma abordagem nos direitos humanos", de acordo com um comunicado do organismo, sediado em Washington.
Em um contexto de escassez que afeta 80% dos alimentos e dos remédios e uma inflação de 180,9% em 2015 - projetada em 720% para 2016 pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) -, a CIDH lançou um apelo às autoridades venezuelanas para que atendam às "necessidades básicas da população".
"Essa situação conduziu a uma deterioração muito significativa das condições de vida no país e a um aumento da violência", afirma o texto.
Segundo a nota, a Comissão "observa com preocupação que essa situação de escassez e desabastecimento de produtos básicos, como os medicamentos e os alimentos, tem impactos negativos nas condições para garantir a vida digna dos venezuelanos, e urge que o Estado adote medidas integrais para superar essa crise".
O presidente Nicolás Maduro, que atribui a crise a uma "guerra econômica" de empresários e da oposição para derrubá-lo, ordenou recentemente que os militares controlem a distribuição de mercadorias, em uma tentativa de reduzir a escassez.
Analistas e empresários garantem, porém, que o problema é a queda da capacidade produtiva da Venezuela, devido ao controle de preços, e à falta de dólares para importar, dado o forte controle de divisas vigente desde 2003.
Em abril, o governo pôs nas mãos de grupos comunitários um plano para distribuir bolsas de alimentos de casa em casa a preços subsidiados.
A CIDH alega que "essas medidas não seriam suficientes para garantir o direito à alimentação" a toda a população.
Segundo um estudo da empresa Hinterlaces divulgado em 10 de julho passado, 74% dos venezuelanos não receberam a visita desses chamados Comitês Locais de Abastecimento e Produção.
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