Trump propõe menos impostos e normas para impulsionar economia
Washington, 8 Ago 2016 (AFP) - O candidato republicano Donald Trump anunciou, nesta segunda-feira (8), que, se ganhar as eleições presidenciais de novembro cortará impostos, eliminará regulamentações onerosas e liberará o setor energético para "forçar" a arrancada da economia americana.
O magnata apresentou sua proposta na cidade economicamente decadente de Detroit (Michigan, norte), buscando reorientar sua campanha e ganhar apoio, no momento em que sua oponente nas urnas, a democrata Hillary Clinton, abre vantagem nas pesquisas.
"Estamos competindo com o mundo e quero que os Estados Unidos ganhem", declarou o empresário, no Economic Club de Detroit.
Segundo Trump, as políticas "desastrosas" dos oito anos de mandato do presidente Barack Obama devoraram postos de trabalho.
"Quero forçar a arrancada dos Estados Unidos. Pode ser feito, e não será tão difícil", garantiu, sob aplausos.
Trump esboçou uma série de políticas que, segundo ele, animarão a parcimoniosa economia do país.
O candidato mencionou uma drástica redução de 15% do imposto para as empresas, atualmente em 35% - uma medida que já havia sugerido em setembro para conter a tendência de grandes corporações de transferir suas matrizes para países onde se paga menos impostos.
Também disse que estabelecerá um imposto de 10% sobre os bilhões de dólares "que as empresas americanas têm no exterior". Esse imposto, garantiu, vai estimulá-las a repatriar esse dinheiro.
A taxação do imposto de renda para pessoa física também será reduzida, continuou Trump, e a quantidade de faixas de cobrança passará de sete para três. A taxa mais alta de imposto de renda será de 33% contra os 39,6% atuais.
Trump prometeu "cortar maciçamente as regulações" e, especialmente, tirar a "âncora" arrastada pelas pequenas empresas. Essa é uma medida que os republicanos tentaram conseguir durante a era Obama.
Essa moratória ajudaria o magnata do setor imobiliário a ganhar apoio dos pequenos empresários. Eles alegam que Obama impôs muitas normas sobre o setor, tirando sua competitividade.
O programa econômico de Trump inclui outras propostas muito pedidas pelo campo conservador, como o fim do imposto sobre heranças, aplicado sobre toda herança de mais de US$ 5,45 milhões.
"Os trabalhadores pagam impostos a vida toda. Não deveriam ser taxados novamente na morte. Isso, simplesmente, é ruim", comentou.
Outra proposta popular é permitir a dedução de impostos para todos os gastos com a criação dos filhos.
Sempre escoltado por vários guarda-costas, Trump foi várias vezes interrompido por aplausos.
- Audácia -"Detroit é o exemplo vivo do fracasso da política econômica da minha adversária", disse ele na cidade que é sede de grandes montadoras, mas que perdeu grande parte de sua população desde sua época de ouro.
"(Hillary) Clinton é a candidata do passado. Nós somos o futuro", anunciou.
Magnata e populista, Trump reforçou ser contra os tratados de livre-comércio (TLC).
"Hillary Clinton apoiou os acordos comerciais que nos fizeram perder essa cidade e esse país, seus empregos e suas riquezas", afirmou, referindo-se ao Acordo de Livre-Comércio das América (Nafta, na sigla em inglês), assinado em 1993 com Canadá e México pelo então presidente democrata Bill Clinton.
Enquanto várias pesquisas o colocam distante de Hillary na preferência do eleitorado, Trump a classificou de "a candidata do ontem".
A candidata democrata de 68 anos aproveitou um encontro nesta segunda-feira na Flórida para atacar o plano econômico de Trump e acusá-lo de favorecer apenas os mais ricos e poderosos.
"Seu plano impositivo oferecerá enormes cortes de impostos a grandes corporações e aos mais ricos", disse Clinton.
"Eu não vou aumentar os impostos da classe média, mas com a ajuda de vocês vou aumentar os impostos sobre a riqueza, porque é ali em que está o dinheiro".
Clinton citou um estudo de Mark Zandi, um ex-assessor econômico do senador republicano John McCain, que indica que os planos de Trump representam uma perda de 3,4 milhões de empregos e levarão o país à recessão.
O desemprego nos Estados Unidos é atualmente de 4,9%, muito abaixo dos 10% de outubro de 2009, após a grande recessão, segundo dados oficiais.
Trump insiste em que a economia está quase estagnada e disse algumas vezes que entregar o poder a Hillary agravará o problema.
"Não podemos consertar um sistema obstruído confiando em quem o obstruiu", defendeu o magnata, prometendo que "uma administração de Trump terminará essa guerra com o trabalhador americano".
mlm/acb/gm /ja/cc/tt
O magnata apresentou sua proposta na cidade economicamente decadente de Detroit (Michigan, norte), buscando reorientar sua campanha e ganhar apoio, no momento em que sua oponente nas urnas, a democrata Hillary Clinton, abre vantagem nas pesquisas.
"Estamos competindo com o mundo e quero que os Estados Unidos ganhem", declarou o empresário, no Economic Club de Detroit.
Segundo Trump, as políticas "desastrosas" dos oito anos de mandato do presidente Barack Obama devoraram postos de trabalho.
"Quero forçar a arrancada dos Estados Unidos. Pode ser feito, e não será tão difícil", garantiu, sob aplausos.
Trump esboçou uma série de políticas que, segundo ele, animarão a parcimoniosa economia do país.
O candidato mencionou uma drástica redução de 15% do imposto para as empresas, atualmente em 35% - uma medida que já havia sugerido em setembro para conter a tendência de grandes corporações de transferir suas matrizes para países onde se paga menos impostos.
Também disse que estabelecerá um imposto de 10% sobre os bilhões de dólares "que as empresas americanas têm no exterior". Esse imposto, garantiu, vai estimulá-las a repatriar esse dinheiro.
A taxação do imposto de renda para pessoa física também será reduzida, continuou Trump, e a quantidade de faixas de cobrança passará de sete para três. A taxa mais alta de imposto de renda será de 33% contra os 39,6% atuais.
Trump prometeu "cortar maciçamente as regulações" e, especialmente, tirar a "âncora" arrastada pelas pequenas empresas. Essa é uma medida que os republicanos tentaram conseguir durante a era Obama.
Essa moratória ajudaria o magnata do setor imobiliário a ganhar apoio dos pequenos empresários. Eles alegam que Obama impôs muitas normas sobre o setor, tirando sua competitividade.
O programa econômico de Trump inclui outras propostas muito pedidas pelo campo conservador, como o fim do imposto sobre heranças, aplicado sobre toda herança de mais de US$ 5,45 milhões.
"Os trabalhadores pagam impostos a vida toda. Não deveriam ser taxados novamente na morte. Isso, simplesmente, é ruim", comentou.
Outra proposta popular é permitir a dedução de impostos para todos os gastos com a criação dos filhos.
Sempre escoltado por vários guarda-costas, Trump foi várias vezes interrompido por aplausos.
- Audácia -"Detroit é o exemplo vivo do fracasso da política econômica da minha adversária", disse ele na cidade que é sede de grandes montadoras, mas que perdeu grande parte de sua população desde sua época de ouro.
"(Hillary) Clinton é a candidata do passado. Nós somos o futuro", anunciou.
Magnata e populista, Trump reforçou ser contra os tratados de livre-comércio (TLC).
"Hillary Clinton apoiou os acordos comerciais que nos fizeram perder essa cidade e esse país, seus empregos e suas riquezas", afirmou, referindo-se ao Acordo de Livre-Comércio das América (Nafta, na sigla em inglês), assinado em 1993 com Canadá e México pelo então presidente democrata Bill Clinton.
Enquanto várias pesquisas o colocam distante de Hillary na preferência do eleitorado, Trump a classificou de "a candidata do ontem".
A candidata democrata de 68 anos aproveitou um encontro nesta segunda-feira na Flórida para atacar o plano econômico de Trump e acusá-lo de favorecer apenas os mais ricos e poderosos.
"Seu plano impositivo oferecerá enormes cortes de impostos a grandes corporações e aos mais ricos", disse Clinton.
"Eu não vou aumentar os impostos da classe média, mas com a ajuda de vocês vou aumentar os impostos sobre a riqueza, porque é ali em que está o dinheiro".
Clinton citou um estudo de Mark Zandi, um ex-assessor econômico do senador republicano John McCain, que indica que os planos de Trump representam uma perda de 3,4 milhões de empregos e levarão o país à recessão.
O desemprego nos Estados Unidos é atualmente de 4,9%, muito abaixo dos 10% de outubro de 2009, após a grande recessão, segundo dados oficiais.
Trump insiste em que a economia está quase estagnada e disse algumas vezes que entregar o poder a Hillary agravará o problema.
"Não podemos consertar um sistema obstruído confiando em quem o obstruiu", defendeu o magnata, prometendo que "uma administração de Trump terminará essa guerra com o trabalhador americano".
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