Bento XVI teve amor de juventude 'muito sério', diz jornalista
Berlim, 7 Set 2016 (AFP) - O papa emérito Bento XVI viveu em sua juventude um amor "muito sério" que tornou difícil sua "opção pelo celibato" e o sacerdócio, contou o autor de um livro de entrevistas com Joseph Ratzinger que será publicado na sexta-feira.
"Sim, teve um amor durante seus estudos que foi muito sério", explica Peter Seewald em uma entrevista concedida ao semanário alemão Die Zeit, em sua edição de quinta-feira, a qual a AFP teve acesso nesta quarta-feira.
Contudo, este episódio amoroso não está no livro de entrevistas com Bento XVI, titulado "Conversas finais", que será lançado na sexta-feira no mundo inteiro e em várias línguas, informa o Die Zeit.
Este amor "lhe causou muito tormento. Após a (Segunda) Guerra (Mundial), pela primeira vez houve meninas estudantes. Ele era realmente alguém muito elegante, um jovem bonito, um artista que escrevia poemas e lia (o prêmio Nobel de literatura alemã) Hermann Hesse", prossegue Seewald, sem esclarecer se a relação foi platônica ou não.
"Um de seus companheiros de estudos me contou que (Joseph Ratzinger) impressionava as mulheres - e vice-versa. Decidir-se pelo celibato não foi algo fácil para ele", afirma o jornalista, que não dá nenhuma outra indicação sobre quem foi este amor na juventude.
No início deste ano, a BBC já havia publicado uma reportagem, baseando-se em mais de 350 cartas, na qual se defendia que João Paulo II, a quem Bento XVI sucedeu em 2005, havia vivido uma amizade "intensa" durante trinta anos com uma filósofa casada, Anna-Teresa Tymieniecka.
Seewald, autor de vários livros sobre o primeiro papa que renunciou a seu pontificado em sete séculos, destila nesta entrevista com o semanário alemão alguns detalhes sobre sua pessoa: é "viciado em informação", gosta de ver os telejornais italianos todas as noites, e é fã dos filmes da série "Don Camilo e Pepón".
Segundo o jornal Corriere della Sera, a obra também confirma a impressão de que Ratzinger, de temperamento tão reservado, não se sentia capaz de liderar os 1,2 bilhão de católicos (que há no mundo) e uma Igreja sacudida por lutas internas e escândalos, como o dos sacerdotes pedófilos.
Com 89 anos de idade, Bento XVI se recluiu após sua renúncia em 2013 em um monastério no Vaticano, e só faz aparições públicas muito esporadicamente.
bur-dsa/alf/bds/age/jz/pr/cc
"Sim, teve um amor durante seus estudos que foi muito sério", explica Peter Seewald em uma entrevista concedida ao semanário alemão Die Zeit, em sua edição de quinta-feira, a qual a AFP teve acesso nesta quarta-feira.
Contudo, este episódio amoroso não está no livro de entrevistas com Bento XVI, titulado "Conversas finais", que será lançado na sexta-feira no mundo inteiro e em várias línguas, informa o Die Zeit.
Este amor "lhe causou muito tormento. Após a (Segunda) Guerra (Mundial), pela primeira vez houve meninas estudantes. Ele era realmente alguém muito elegante, um jovem bonito, um artista que escrevia poemas e lia (o prêmio Nobel de literatura alemã) Hermann Hesse", prossegue Seewald, sem esclarecer se a relação foi platônica ou não.
"Um de seus companheiros de estudos me contou que (Joseph Ratzinger) impressionava as mulheres - e vice-versa. Decidir-se pelo celibato não foi algo fácil para ele", afirma o jornalista, que não dá nenhuma outra indicação sobre quem foi este amor na juventude.
No início deste ano, a BBC já havia publicado uma reportagem, baseando-se em mais de 350 cartas, na qual se defendia que João Paulo II, a quem Bento XVI sucedeu em 2005, havia vivido uma amizade "intensa" durante trinta anos com uma filósofa casada, Anna-Teresa Tymieniecka.
Seewald, autor de vários livros sobre o primeiro papa que renunciou a seu pontificado em sete séculos, destila nesta entrevista com o semanário alemão alguns detalhes sobre sua pessoa: é "viciado em informação", gosta de ver os telejornais italianos todas as noites, e é fã dos filmes da série "Don Camilo e Pepón".
Segundo o jornal Corriere della Sera, a obra também confirma a impressão de que Ratzinger, de temperamento tão reservado, não se sentia capaz de liderar os 1,2 bilhão de católicos (que há no mundo) e uma Igreja sacudida por lutas internas e escândalos, como o dos sacerdotes pedófilos.
Com 89 anos de idade, Bento XVI se recluiu após sua renúncia em 2013 em um monastério no Vaticano, e só faz aparições públicas muito esporadicamente.
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