Escócia revela plano para permanecer no mercado único europeu depois do Brexit
Londres, 20 dez 2016 (AFP) - A primeira-ministra escocesa Nicola Sturgeon revelou nesta terça-feira o plano da Escócia para permanecer no mercado único da União Europeia (UE), embora tenha ressaltado que prefere a opção de uma Escócia independente dentro da UE.
Sturgeon acrescentou que a decisão do referendo em junho de abandonar a União Europeia significa que a semiautônoma Escócia, que votou a favor de continuar na UE, pode solicitar a Londres mais poderes em matéria de imigração.
"Estamos determinados a manter a posição atual da Escócia no mercado único europeu", disse Sturgeon em Edimburgo na apresentação de um texto onde estão as propostas, com o título "O lugar da Escócia na Europa".
Sturgeon disse que isso pode ser feito como uma "opção diferenciada" para a Escócia, no contexto das regras que se aplicam aos não membros da UE da Associação de Livre Comércio Europeia (EFTA) e da Área Econômica Europeia (EEA).
"O povo escocês não votou no Brexit e um 'Brexit forte' prejudicará seriamente os interesses econômicos, sociais e culturais escoceses", afirmou Sturgeon. Acrescentou que estarão em risco 80.000 empregos na Escócia se a Grã Bretanha sair da União Europeia.
Islândia, Liechtenstein, Noruega e Suíça estão na EFTA, e o primeiro país também pertence à EEA, que garante a livre circulação de pessoas, mercadorias, serviços e capital no mercado único.
Sturgeon acrescentou que a continuidade do livre movimento de trabalhadores da UE na Escócia não significaria a criação de uma fronteira rigorosa entre Escócia e Inglaterra, caso o restante da Grã Bretanha opte por restringir a imigração.
Os trabalhadores da UE podem ser advertidos de não sair da Escócia para outras partes da Grã Bretanha modificando as leis migratórias em matéria de emprego e moradia, acrescentou a primeira-ministra.
Ao ser interrogada sobre como a Grã Bretanha poderia permanecer no mercado único e na união aduaneira, Sturgeon afirmou que "que se deve assumir que não se estão orientando por esse caminho".
Ela ressaltou que a Escócia não planeja negociações separadas com a União Europeia, mas advertiu que se a Escócia não atingir seus objetivos "a opção da independência se colocará sobre a mesa".
Um porta-voz da primeira-ministra britânica Theresa May, que prometeu iniciar negociações formais para sair da União Europeia até março, disse que o governo "observará de perto" os planos de Sturgeon.
"O governo tem como objetivo chegar a um acordo de saída da União Europeia que envolve todas as partes do Reino Unido -que claramente inclui a Escócia- e se aplicará ao Reino Unido como um todo", acrescentou o porta-voz.
Sturgeon preparou um esboço de legislação para um novo referendo de independência que será apresentado ao parlamento escocês, embora a Escócia tenha votado contra a saída do Reino em um referendo em 2014.
Entretanto, o governo britânico terá a última palavra sobre a realização de outra votação sobre a independência da Escócia
dt/rfj/eg/lmm./cc
Sturgeon acrescentou que a decisão do referendo em junho de abandonar a União Europeia significa que a semiautônoma Escócia, que votou a favor de continuar na UE, pode solicitar a Londres mais poderes em matéria de imigração.
"Estamos determinados a manter a posição atual da Escócia no mercado único europeu", disse Sturgeon em Edimburgo na apresentação de um texto onde estão as propostas, com o título "O lugar da Escócia na Europa".
Sturgeon disse que isso pode ser feito como uma "opção diferenciada" para a Escócia, no contexto das regras que se aplicam aos não membros da UE da Associação de Livre Comércio Europeia (EFTA) e da Área Econômica Europeia (EEA).
"O povo escocês não votou no Brexit e um 'Brexit forte' prejudicará seriamente os interesses econômicos, sociais e culturais escoceses", afirmou Sturgeon. Acrescentou que estarão em risco 80.000 empregos na Escócia se a Grã Bretanha sair da União Europeia.
Islândia, Liechtenstein, Noruega e Suíça estão na EFTA, e o primeiro país também pertence à EEA, que garante a livre circulação de pessoas, mercadorias, serviços e capital no mercado único.
Sturgeon acrescentou que a continuidade do livre movimento de trabalhadores da UE na Escócia não significaria a criação de uma fronteira rigorosa entre Escócia e Inglaterra, caso o restante da Grã Bretanha opte por restringir a imigração.
Os trabalhadores da UE podem ser advertidos de não sair da Escócia para outras partes da Grã Bretanha modificando as leis migratórias em matéria de emprego e moradia, acrescentou a primeira-ministra.
Ao ser interrogada sobre como a Grã Bretanha poderia permanecer no mercado único e na união aduaneira, Sturgeon afirmou que "que se deve assumir que não se estão orientando por esse caminho".
Ela ressaltou que a Escócia não planeja negociações separadas com a União Europeia, mas advertiu que se a Escócia não atingir seus objetivos "a opção da independência se colocará sobre a mesa".
Um porta-voz da primeira-ministra britânica Theresa May, que prometeu iniciar negociações formais para sair da União Europeia até março, disse que o governo "observará de perto" os planos de Sturgeon.
"O governo tem como objetivo chegar a um acordo de saída da União Europeia que envolve todas as partes do Reino Unido -que claramente inclui a Escócia- e se aplicará ao Reino Unido como um todo", acrescentou o porta-voz.
Sturgeon preparou um esboço de legislação para um novo referendo de independência que será apresentado ao parlamento escocês, embora a Escócia tenha votado contra a saída do Reino em um referendo em 2014.
Entretanto, o governo britânico terá a última palavra sobre a realização de outra votação sobre a independência da Escócia
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