Após apoio de Trump, Theresa May revelará sua posição sobre Brexit
Londres, 16 Jan 2017 (AFP) - A prime1ira-ministra britânica, Theresa May, explicará nesta terça-feira, em um discurso muito aguardado, sua visão sobre a relação com a União Europeia depois do Brexit, após receber o apoio do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump.
May deve reiterar sua intenção de retomar o controle das fronteiras do país para gerir a migração, uma das razões-chave para o voto dos britânicos pela saída do Reino Unido da União Europeia (UE).
Isso levará a uma saída do mercado único, já que a UE vincula a livre-circulação de bens a de pessoas.
A primeira-ministra quer ter o máximo acesso ao mercado único, embora não tenha esclarecido como isso será feito.
O medo de uma saída do mercado único, o chamado "Brexit duro", voltou a fazer a libra cair, mas sem abalar a bolsa de Londres, que permaneceu estável na abertura.
"Mesmo com os bons dados da economia, a libra se tornou uma moeda política e a perspectiva de volatilidade é muito elevada", afirmou Chris Weston, especialista da agência IG, estimando que uma "ruptura clara com o mercado único é cada vez mais provável".
Theresa May recebeu no domingo apoio do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, que disse que o Brexit "acabará sendo uma grande coisa" e anunciou que quer concluir "rapidamente" um acordo com o Reino Unido.
"Vamos trabalhar muito duro para conseguirmos (este acordo) rapidamente", afirmou em entrevista concedida ao jornal britânico The Times e ao alemão Bild.
"É uma notícia muito boa", reagiu o chefe da diplomacia britânica, Boris Johnson.
Essas afirmações de Trump contradizem as do presidente Barack Obama, que advertiu o Reino Unido que ele seria p último dos parceiros com quem faria um acordo caso deixasse a UE.
'Unir-se para que o Brexit seja um sucesso'A conclusão desse tipo de acordo terá que esperar o divórcio com a UE seja concluído e que a futura relação com Bruxelas esteja melhor definida.
May quer lançar o processo de separação antes do fim de março, ativando o artigo 50 do Tratado de Lisboa, o que seria mais um passo na série de negociações de dois anos.
Antes, a primeira-ministra terá que considerar a decisão da Corte Suprema, que deve se pronunciar antes do fim de janeiro sobre a necessidade ou não de consultar o Parlamento.
Antecipando as difíceis negociações, o ministro britânico da Economia, Philip Hammond, elevou o tom e ameaçou a UE de "mudar o modelo" fiscal e econômico para "conseguir mais competitividade" caso seu país não tivesse acesso ao mercado único europeu, junto com o controle migratório, nas negociações do Brexit.
Dois anos parece um período de tempo muito curto para tratar todos os temas e os protagonistas reconhecem desde agora que será um período de transição para amortizar o golpe do Brexit e definir as novas relações.
Em seu discurso de terça-feira, May também pedirá a seus concidadãos que "deixem de lado suas velhas divisões e se unam para que o Brexit seja um sucesso".
Também lhes pedirá que encerrem os "insultos" e a divisão entre partidários e detratores da UE, de acordo com informações de Downing Street.
May deve reiterar sua intenção de retomar o controle das fronteiras do país para gerir a migração, uma das razões-chave para o voto dos britânicos pela saída do Reino Unido da União Europeia (UE).
Isso levará a uma saída do mercado único, já que a UE vincula a livre-circulação de bens a de pessoas.
A primeira-ministra quer ter o máximo acesso ao mercado único, embora não tenha esclarecido como isso será feito.
O medo de uma saída do mercado único, o chamado "Brexit duro", voltou a fazer a libra cair, mas sem abalar a bolsa de Londres, que permaneceu estável na abertura.
"Mesmo com os bons dados da economia, a libra se tornou uma moeda política e a perspectiva de volatilidade é muito elevada", afirmou Chris Weston, especialista da agência IG, estimando que uma "ruptura clara com o mercado único é cada vez mais provável".
Theresa May recebeu no domingo apoio do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, que disse que o Brexit "acabará sendo uma grande coisa" e anunciou que quer concluir "rapidamente" um acordo com o Reino Unido.
"Vamos trabalhar muito duro para conseguirmos (este acordo) rapidamente", afirmou em entrevista concedida ao jornal britânico The Times e ao alemão Bild.
"É uma notícia muito boa", reagiu o chefe da diplomacia britânica, Boris Johnson.
Essas afirmações de Trump contradizem as do presidente Barack Obama, que advertiu o Reino Unido que ele seria p último dos parceiros com quem faria um acordo caso deixasse a UE.
'Unir-se para que o Brexit seja um sucesso'A conclusão desse tipo de acordo terá que esperar o divórcio com a UE seja concluído e que a futura relação com Bruxelas esteja melhor definida.
May quer lançar o processo de separação antes do fim de março, ativando o artigo 50 do Tratado de Lisboa, o que seria mais um passo na série de negociações de dois anos.
Antes, a primeira-ministra terá que considerar a decisão da Corte Suprema, que deve se pronunciar antes do fim de janeiro sobre a necessidade ou não de consultar o Parlamento.
Antecipando as difíceis negociações, o ministro britânico da Economia, Philip Hammond, elevou o tom e ameaçou a UE de "mudar o modelo" fiscal e econômico para "conseguir mais competitividade" caso seu país não tivesse acesso ao mercado único europeu, junto com o controle migratório, nas negociações do Brexit.
Dois anos parece um período de tempo muito curto para tratar todos os temas e os protagonistas reconhecem desde agora que será um período de transição para amortizar o golpe do Brexit e definir as novas relações.
Em seu discurso de terça-feira, May também pedirá a seus concidadãos que "deixem de lado suas velhas divisões e se unam para que o Brexit seja um sucesso".
Também lhes pedirá que encerrem os "insultos" e a divisão entre partidários e detratores da UE, de acordo com informações de Downing Street.
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