Nove em cada venezuelanos acham que as coisas 'vão mal' (pesquisa)
Caracas, 24 Fev 2017 (AFP) - Nove em dez venezuelanos consideram que as coisas em seu país "vão mal" e a maioria pensa que vão piorar, segundo uma pesquisa difundida nesta quinta-feira.
A marcha da Venezuela é percebida negativamente por 90% dos consultados da empresa Datos e 77% acreditam que sua situação será pior nos próximos seis meses.
A pequisa, contratada pela Câmara Venezuelana-Americana de Comércio e Indústria (Venamcham), estabeleceu ainda que 95% percebem que sua situação econômica é pior hoje do que há um ano.
O desabastecimento de bens básicos e o alto custo de vida são os problemas que mais preocupam os entrevistados.
Nos últimos anos, estas inquietações desbancaram a insegurança pessoal como o principal problema, especialmente desde 2014, quando a queda dos preços do petróleo aprofundou a crise econômica.
Para 93% dos consultados, sua renda é suficiente para adquirir metade ou menos da metade dos produtos de que necessitam para viver. Quarenta e oito por cento disseram que só têm acesso a "muito poucas coisas".
Enquanto isso, 94% destacaram a compra de comida entre seus principais gastos.
O pessimismo também se reflete na quantidade de pessoas dispostas a emigrar, especialmente jovens: 77% dos consultados entre 18 e 21 anos asseguraram que iriam embora da Venezuela se tivessem a oportunidade. Também o fariam 67% das pessoas de 22 a 35 anos.
Pelo menos 1,2 milhões de venezuelanos emigraram nos últimos 15 anos, segundo o sociólogo Tomás Páez, que investiga o fenômeno.
Durante um fórum sobre perspectivas econômicas organizado por Venamcham, no qual foi apresentado o estúdio, o diretor do instituto de pesquisas Datanálisis, Luis Vicente León, previu uma queda do consumo em 2017.
"Em 2017, o problema (para os empresários) não é ter produtos, mas vendê-los porque o consumidor não tem poder aquisitivo", destacou.
Os venezuelanos sofrem a inflação mais alta do mundo, projetada pelo FMI em 1.660% para 2017, e uma intensa escassez de alimentos básicos e medicamentos.
A pesquisa da Datos entrevistou 2.100 pessoas entre 11 e 30 de janeiro deste ano em 44 cidades com uma população superior a 50.000 habitantes. Tem margem de erro de 2,15% e um nível de confiança de 95%.
A marcha da Venezuela é percebida negativamente por 90% dos consultados da empresa Datos e 77% acreditam que sua situação será pior nos próximos seis meses.
A pequisa, contratada pela Câmara Venezuelana-Americana de Comércio e Indústria (Venamcham), estabeleceu ainda que 95% percebem que sua situação econômica é pior hoje do que há um ano.
O desabastecimento de bens básicos e o alto custo de vida são os problemas que mais preocupam os entrevistados.
Nos últimos anos, estas inquietações desbancaram a insegurança pessoal como o principal problema, especialmente desde 2014, quando a queda dos preços do petróleo aprofundou a crise econômica.
Para 93% dos consultados, sua renda é suficiente para adquirir metade ou menos da metade dos produtos de que necessitam para viver. Quarenta e oito por cento disseram que só têm acesso a "muito poucas coisas".
Enquanto isso, 94% destacaram a compra de comida entre seus principais gastos.
O pessimismo também se reflete na quantidade de pessoas dispostas a emigrar, especialmente jovens: 77% dos consultados entre 18 e 21 anos asseguraram que iriam embora da Venezuela se tivessem a oportunidade. Também o fariam 67% das pessoas de 22 a 35 anos.
Pelo menos 1,2 milhões de venezuelanos emigraram nos últimos 15 anos, segundo o sociólogo Tomás Páez, que investiga o fenômeno.
Durante um fórum sobre perspectivas econômicas organizado por Venamcham, no qual foi apresentado o estúdio, o diretor do instituto de pesquisas Datanálisis, Luis Vicente León, previu uma queda do consumo em 2017.
"Em 2017, o problema (para os empresários) não é ter produtos, mas vendê-los porque o consumidor não tem poder aquisitivo", destacou.
Os venezuelanos sofrem a inflação mais alta do mundo, projetada pelo FMI em 1.660% para 2017, e uma intensa escassez de alimentos básicos e medicamentos.
A pesquisa da Datos entrevistou 2.100 pessoas entre 11 e 30 de janeiro deste ano em 44 cidades com uma população superior a 50.000 habitantes. Tem margem de erro de 2,15% e um nível de confiança de 95%.
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