Panamá: escritórios da família de ex-presidente são revistados por caso Odebrecht
Panamá, 24 Fev 2017 (AFP) - Procuradores e policiais panamenhos fizeram buscas nesta quinta-feira (23) em vários escritórios dos filhos do ex-presidente Ricardo Martinelli e de uma advogada próxima à sua família, no âmbito da investigação sobre o pagamento de propinas da empreiteira Odebrecht.
"O que se está revistando é o escritório da advogada Evelyn Vargas, localizado na Importadora Ricamar (propriedade do ex-presidente), e também os escritórios dos filhos de Martinelli", Ricardo Alberto e Luis Enrique, declarou à AFP Rogelio Cruz, advogado do ex-presidente.
"Neste caso, não existe crime de lavagem de capitais, e isso vai ser demonstrado", garantiu Cruz.
"As investigações são enviesadas, manipuladas e com um claro propósito de prejudicar e afetar a família Martinelli", acrescentou, após a batida, outro advogado da defesa, Cristóbal Arboleda.
O secretário-geral da Procuradoria-Geral do Estado, Rolando Rodríguez, confirmou as batidas e disse que têm relação "com o caso Odebrecht" e com as declarações dadas por Evelyn Vargas à Procuradoria Especial Anticorrupção.
Vargas, sobre quem pesava um alerta vermelho de detenção da Interpol, chegou na quarta-feira ao Panamá procedente do México, depois que a polícia internacional coordenou seu regresso ao tomar conhecimento do interesse da advogada em colaborar com a Justiça.
Ela foi detida ontem, de maneira preventiva, depois de prestar depoimento na Procuradoria Especial Anticorrupção pelo escândalo da Odebrecht. Nesta quinta, falou pelo segundo dia consecutivo com a Justiça.
Evelyn é acusada de lavagem de dinheiro por sua suposta relação com várias empresas, nas quais os filhos de Martinelli teriam recebido suborno da Odebrecht.
"Ela (Vargas) era uma simples empregada da importadora Ricamar", declarou seu advogado, René Rodríguez.
O advogado do ex-presidente disse que as buscas estariam relacionadas com as declarações de Vargas à Procuradoria.
No Twitter, Martinelli afirmou que seus filhos "não vivem no Panamá há anos" e qualificou os fatos de "um supershow carnavalesco para desviar a atenção" por parte do atual governo de Juan Carlos Varela.
O ex-presidente Ricardo Martinelli (2009-2014), que mora em Miami, é requerido pela Justiça panamenha, que o acusa de espionar opositores, e é investigado por inúmeros casos de corrupção durante seu governo.
Segundo o Departamento de Justiça dos Estados Unidos, a Odebrecht pagou no Panamá, entre 2010 e 2014, mais de 59 milhões de dólares em propinas.
Atualmente, há 17 acusados no Panamá, entre eles os filhos de Martinelli, sobre os quais pesa uma ordem de prisão da Interpol por suspeita de terem recebido mais de 20 milhões de euros em propinas.
Dias atrás, os irmãos Martinelli se desvincularam, em Miami, das sociedades apontadas para a cobrança das comissões.
"O que se está revistando é o escritório da advogada Evelyn Vargas, localizado na Importadora Ricamar (propriedade do ex-presidente), e também os escritórios dos filhos de Martinelli", Ricardo Alberto e Luis Enrique, declarou à AFP Rogelio Cruz, advogado do ex-presidente.
"Neste caso, não existe crime de lavagem de capitais, e isso vai ser demonstrado", garantiu Cruz.
"As investigações são enviesadas, manipuladas e com um claro propósito de prejudicar e afetar a família Martinelli", acrescentou, após a batida, outro advogado da defesa, Cristóbal Arboleda.
O secretário-geral da Procuradoria-Geral do Estado, Rolando Rodríguez, confirmou as batidas e disse que têm relação "com o caso Odebrecht" e com as declarações dadas por Evelyn Vargas à Procuradoria Especial Anticorrupção.
Vargas, sobre quem pesava um alerta vermelho de detenção da Interpol, chegou na quarta-feira ao Panamá procedente do México, depois que a polícia internacional coordenou seu regresso ao tomar conhecimento do interesse da advogada em colaborar com a Justiça.
Ela foi detida ontem, de maneira preventiva, depois de prestar depoimento na Procuradoria Especial Anticorrupção pelo escândalo da Odebrecht. Nesta quinta, falou pelo segundo dia consecutivo com a Justiça.
Evelyn é acusada de lavagem de dinheiro por sua suposta relação com várias empresas, nas quais os filhos de Martinelli teriam recebido suborno da Odebrecht.
"Ela (Vargas) era uma simples empregada da importadora Ricamar", declarou seu advogado, René Rodríguez.
O advogado do ex-presidente disse que as buscas estariam relacionadas com as declarações de Vargas à Procuradoria.
No Twitter, Martinelli afirmou que seus filhos "não vivem no Panamá há anos" e qualificou os fatos de "um supershow carnavalesco para desviar a atenção" por parte do atual governo de Juan Carlos Varela.
O ex-presidente Ricardo Martinelli (2009-2014), que mora em Miami, é requerido pela Justiça panamenha, que o acusa de espionar opositores, e é investigado por inúmeros casos de corrupção durante seu governo.
Segundo o Departamento de Justiça dos Estados Unidos, a Odebrecht pagou no Panamá, entre 2010 e 2014, mais de 59 milhões de dólares em propinas.
Atualmente, há 17 acusados no Panamá, entre eles os filhos de Martinelli, sobre os quais pesa uma ordem de prisão da Interpol por suspeita de terem recebido mais de 20 milhões de euros em propinas.
Dias atrás, os irmãos Martinelli se desvincularam, em Miami, das sociedades apontadas para a cobrança das comissões.
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