Investigadores e especialistas buscam autores de ciberataque mundial
Londres, 14 Mai 2017 (AFP) - Investigadores e especialistas tentavam neste domingo seguir o rastro dos responsáveis pelo ciberataque sem precedentes em escala mundial, que poderiam agir novamente nos próximos dias.
O ataque, que começou na sexta-feira, deixou 200.000 vítimas, principalmente empresas, em ao menos 150 países, afirmou o diretor do Europol, Rob Wainwright, em uma entrevista à rede britânica ITV neste domingo.
A ação dos hackers perturbou o funcionamento dos hospitais britânicos, das fábricas da Renault, da companhia americana FedEx, do sistema bancário russo ou de universidades de Grécia e Itália, entre outros.
Além disso, ocorreu de "forma indiscriminada" e "se propagou muito rapidamente", acrescentou Wainwright.
A Europol informou ainda que o ataque é de "um nível sem precedentes" e "exigirá uma investigação internacional complexa para identificar os culpados", e indicou a criação de uma equipe específica de seu Centro Europeu de Cibercriminalidade para ajudar na investigação.
"Os criminosos cibernéticos podem acreditar que operam incógnitos, mas vamos utilizar todo o arsenal a nossa disposição para levá-los à justiça", ressaltou Oliver Gower, diretor adjunto da National Crime Agency britânica.
"É o maior ataque deste tipo da história" afirmou à AFP Mikko Hypponen, responsável da empresa de segurança informática F-Secure, com sede na Finlândia, destacando que "130.000 sistemas (foram) afetados em mais de 100 países".
A polícia francesa estimou, por sua vez, em "mais de 75.000" o número de computadores atacados em todo o mundo. Um balanço que "pode aumentar nos próximos dias", disse Valérie Maldonado, do organismo francês de luta contra os crimes cibernéticos.
- Volta ao trabalho -A ministra britânica do Interior, Amber Rudd, advertiu em um artigo publicado no jornal Sunday Telegraph que é possível esperar outros ataques e destacou que "talvez nunca conheçamos a verdadeira identidade dos autores" do ataque de sexta-feira.
Os especialistas temem que na segunda-feira ocorram novas perturbações quando as pessoas voltarem ao trabalho e ligarem seus computadores, desligados desde sexta-feira.
Por sua vez, o investigador em cibersegurança britânico de 22 anos que permitiu frear a propagação do vírus alertou neste domingo que os hackers podem voltar à ação mudando o código e que, neste caso, será impossível detê-los.
Os computadores "não estarão seguros até que a correção seja instalada o mais rápido possível", tuitou em sua conta @MalwareTechBlog.
O investigador, que deseja permanecer no anonimato, foi tratado como um herói que "salvou o mundo" pela imprensa britânica. O jornal Sunday Mail encontrou uma fotografia do jovem, que se dedica ao surfe em seu tempo livre e que vive na casa dos pais, no sul da Inglaterra.
Da Rússia à Espanha e do México ao Vietnã, milhares de computadores de todo o mundo foram invadidos por um programa que aproveitou uma falha do sistema operacional Windows, divulgada em documentos vazados da agência de segurança americana NSA.
O vírus bloqueia os documentos dos usuários e os hackers exigem que suas vítimas paguem uma soma de dinheiro na moeda eletrônica bitcoin para permitir que acessem novamente seus arquivos.
bur-jk/jvb/pc/ma
NISSAN MOTOR
RENAULT
MICROSOFT
TELEFONICA
FEDEX
O ataque, que começou na sexta-feira, deixou 200.000 vítimas, principalmente empresas, em ao menos 150 países, afirmou o diretor do Europol, Rob Wainwright, em uma entrevista à rede britânica ITV neste domingo.
A ação dos hackers perturbou o funcionamento dos hospitais britânicos, das fábricas da Renault, da companhia americana FedEx, do sistema bancário russo ou de universidades de Grécia e Itália, entre outros.
Além disso, ocorreu de "forma indiscriminada" e "se propagou muito rapidamente", acrescentou Wainwright.
A Europol informou ainda que o ataque é de "um nível sem precedentes" e "exigirá uma investigação internacional complexa para identificar os culpados", e indicou a criação de uma equipe específica de seu Centro Europeu de Cibercriminalidade para ajudar na investigação.
"Os criminosos cibernéticos podem acreditar que operam incógnitos, mas vamos utilizar todo o arsenal a nossa disposição para levá-los à justiça", ressaltou Oliver Gower, diretor adjunto da National Crime Agency britânica.
"É o maior ataque deste tipo da história" afirmou à AFP Mikko Hypponen, responsável da empresa de segurança informática F-Secure, com sede na Finlândia, destacando que "130.000 sistemas (foram) afetados em mais de 100 países".
A polícia francesa estimou, por sua vez, em "mais de 75.000" o número de computadores atacados em todo o mundo. Um balanço que "pode aumentar nos próximos dias", disse Valérie Maldonado, do organismo francês de luta contra os crimes cibernéticos.
- Volta ao trabalho -A ministra britânica do Interior, Amber Rudd, advertiu em um artigo publicado no jornal Sunday Telegraph que é possível esperar outros ataques e destacou que "talvez nunca conheçamos a verdadeira identidade dos autores" do ataque de sexta-feira.
Os especialistas temem que na segunda-feira ocorram novas perturbações quando as pessoas voltarem ao trabalho e ligarem seus computadores, desligados desde sexta-feira.
Por sua vez, o investigador em cibersegurança britânico de 22 anos que permitiu frear a propagação do vírus alertou neste domingo que os hackers podem voltar à ação mudando o código e que, neste caso, será impossível detê-los.
Os computadores "não estarão seguros até que a correção seja instalada o mais rápido possível", tuitou em sua conta @MalwareTechBlog.
O investigador, que deseja permanecer no anonimato, foi tratado como um herói que "salvou o mundo" pela imprensa britânica. O jornal Sunday Mail encontrou uma fotografia do jovem, que se dedica ao surfe em seu tempo livre e que vive na casa dos pais, no sul da Inglaterra.
Da Rússia à Espanha e do México ao Vietnã, milhares de computadores de todo o mundo foram invadidos por um programa que aproveitou uma falha do sistema operacional Windows, divulgada em documentos vazados da agência de segurança americana NSA.
O vírus bloqueia os documentos dos usuários e os hackers exigem que suas vítimas paguem uma soma de dinheiro na moeda eletrônica bitcoin para permitir que acessem novamente seus arquivos.
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