SP ameaça reduzir a nota do Brasil por crise política
Paris, 23 Mai 2017 (AFP) - A agência de classificação financeira SP Global Ratings ameaçou nesta terça-feira reduzir a nota do Brasil, que já se encontra na categoria especulativa, em consequência da "crescente incerteza política".
"Após as recentes acusações de corrupção contra o presidente Michel Temer, o contexto político do Brasil voltou a se complicar. Os esforços realizados para solucionar os desafios orçamentários e econômicos [...] correm o risco de estagnar", explica a agência em um comunicado.
A SP Global Ratings reduziu a nota da dívida do Brasil para "BB" em fevereiro de 2016 e advertiu na ocasião para a possibilidade de nova baixa a médio prazo.
Nesta terça-feira, a SP informou que colocou a nota sob vigilância, mas com viés negativo, o que significa a possibilidade de uma nova redução a curto prazo (três meses).
A SP adverte que a redução da nota pode acontecer de fato em três meses, em caso de "degradação das dinâmicas políticas" no Brasil.
Temer é objeto de vários pedidos de impeachment por acusações de corrupção e sua base aliada está fragilizada.
"A capacidade de governar já está comprometida, pois o presidente perdeu o apoio de alguns partidos e uma votação sobre a reforma da Previdência seria adiada", indica a agência.
A SP Global Ratings justifica sua ameaça com a afirmação de que o Brasil está em um "período prolongado de paralisia política", com um "presidente fragilizado".
jum/boc/ggy/ra-me/pa/fp
"Após as recentes acusações de corrupção contra o presidente Michel Temer, o contexto político do Brasil voltou a se complicar. Os esforços realizados para solucionar os desafios orçamentários e econômicos [...] correm o risco de estagnar", explica a agência em um comunicado.
A SP Global Ratings reduziu a nota da dívida do Brasil para "BB" em fevereiro de 2016 e advertiu na ocasião para a possibilidade de nova baixa a médio prazo.
Nesta terça-feira, a SP informou que colocou a nota sob vigilância, mas com viés negativo, o que significa a possibilidade de uma nova redução a curto prazo (três meses).
A SP adverte que a redução da nota pode acontecer de fato em três meses, em caso de "degradação das dinâmicas políticas" no Brasil.
Temer é objeto de vários pedidos de impeachment por acusações de corrupção e sua base aliada está fragilizada.
"A capacidade de governar já está comprometida, pois o presidente perdeu o apoio de alguns partidos e uma votação sobre a reforma da Previdência seria adiada", indica a agência.
A SP Global Ratings justifica sua ameaça com a afirmação de que o Brasil está em um "período prolongado de paralisia política", com um "presidente fragilizado".
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