Bélgica identifica autor de atentado em estação em Bruxelas
Bruxelas, 22 Jun 2017 (AFP) - O autor do ataque terrorista à Estação Central de Bruxelas era um marroquino de 36 anos, simpatizante do grupo Estado Islâmico (EI) e com material para fabricar explosivos - relatou a Justiça belga nesta quarta-feira (21), um dia depois de um incidente que beirou a tragédia.
"Há indícios de que o suspeito tinha simpatia pela organização terrorista EI", indicou em um comunicado o porta-voz da polícia nacional belga, Eric Van Der Spyt, que anunciou a descoberta de material para fabricar explosivos em sua casa.
A Bélgica, onde um atentado deixou 32 mortos em março de 2016, reviveu cenas de pânico na terça-feira, um dia depois de um homem atropelar muçulmanos perto de uma mesquita de Londres (um morto), e outro agressor morrer em um atentado fracassado na avenida Champs Elysées, em Paris.
Identificado pelas iniciais O.Z., nascido em janeiro de 1981, o autor do ataque foi baleado na cabeça por um soldado, depois de tentar detonar uma bomba feita de pregos.
"Poderia ter deixado vítimas, poderia ter sido muito pior", declarou o porta-voz da Polícia, acrescentando que havia cerca de dez passageiros ao redor do agressor quando ele ativou a carga explosiva.
"Está claro que queria causar mais danos do que provocou", acrescentou, destacando que o homem não estava fichado por fatos vinculados a terrorismo.
A prefeita de Molenbeek, François Schepmans, confirmou que ele estava fichado por uma situação relacionada com drogas, que remonta a 2016, mas não por radicalismo, nem terrorismo.
O homem, que morava nessa comuna pelo menos desde 2013, era um "indivíduo isolado" e estava divorciado, acrescentou.
Segundo veículos de comunicação belgas, seu nome era Oussama Zariouh. Ele havia administrado uma loja de produtos de telecomunicação, atualmente fechada, e ainda trabalhava como instalador.
Durante a revista em sua casa nesta comuna popular, os investigadores encontraram "substâncias químicas, assim como materiais que poderiam servir para a fabricação de explosivos", descreveu a Justiça, informando que "provavelmente fabricou a bomba ali".
No total, quatro pessoas foram detidas ao final de quatro batidas, declarou o MP à noite, confirmando a informação da agência Belga.
São pessoas "que mantinham contatos regulares" com o suspeito falecido. Além de Molenbeek, foram feitas duas batidas em Koekelberg e em Anderlecht, dois municípios da região de Bruxelas.
Molenbeek foi o local de residência de vários autores de atentados cometidos na Europa nos últimos anos e vinculados ao EI, entre eles o suposto organizador do ataque de Paris em novembro de 2015 (130 mortos), Abdelhamid Abaaoud.
'Poderia ter sido muito pior'De acordo com a Procuradoria Federal, o homem entrou às 20h39 (15h39, horário de Brasília) na Estação Central, onde caminhou na direção de um grupo de turistas cinco minutos depois.
"Pegou sua maleta aos gritos e provocou uma explosão parcial. Por sorte, não houve feridos", afirma um comunicado.
O homem abandonou a bagagem em chamas, que mais tarde registrou uma segunda explosão mais violenta, e seguiu para as plataformas em busca de um gerente de estação, completa o comunicado do Ministério Público, acrescentando que a maleta continha "pregos e cilindros de gás".
O homem, que não tinha um cinturão de explosivos, faleceu ao ser atingido por tiros de um soldado, contra o qual avançou aos gritos de "Alá Akbar" (Alá é grande), explicou a Procuradoria.
Os fatos foram qualificados como tentativa de assassinato terrorista, disse o Ministério Público especializado em terrorismo, encarregado das investigações.
Coldplay"Evitou-se um atentado terrorista na Estação Central", situada perto da turística Grand-Place, declarou o primeiro-ministro belga, Charles Michel, após uma reunião do Conselho Nacional de Segurança.
"Não nos deixaremos intimidar pelos terroristas", garantiu.
A Bélgica, junto a outros países europeus como França e Reino Unido, tem sido alvo de uma série de atentados extremistas nos últimos anos.
Desde os atentados de Paris em novembro de 2015, reivindicado pelo EI e realizado pela mesma célula que atacou Bruxelas meses depois, soldados patrulham as zonas mais frequentadas da capital.
As autoridades mantiveram o nível de alerta terrorista 3 em uma escala de 4, informou Michel, que anunciou o reforço das medidas de segurança em função do show da banda britânica Coldplay nestas quarta e quinta à noite, no King Baudouin Stadium, em Bruxelas.
bur-tjc/zm/cn/mr/mvv/tt
"Há indícios de que o suspeito tinha simpatia pela organização terrorista EI", indicou em um comunicado o porta-voz da polícia nacional belga, Eric Van Der Spyt, que anunciou a descoberta de material para fabricar explosivos em sua casa.
A Bélgica, onde um atentado deixou 32 mortos em março de 2016, reviveu cenas de pânico na terça-feira, um dia depois de um homem atropelar muçulmanos perto de uma mesquita de Londres (um morto), e outro agressor morrer em um atentado fracassado na avenida Champs Elysées, em Paris.
Identificado pelas iniciais O.Z., nascido em janeiro de 1981, o autor do ataque foi baleado na cabeça por um soldado, depois de tentar detonar uma bomba feita de pregos.
"Poderia ter deixado vítimas, poderia ter sido muito pior", declarou o porta-voz da Polícia, acrescentando que havia cerca de dez passageiros ao redor do agressor quando ele ativou a carga explosiva.
"Está claro que queria causar mais danos do que provocou", acrescentou, destacando que o homem não estava fichado por fatos vinculados a terrorismo.
A prefeita de Molenbeek, François Schepmans, confirmou que ele estava fichado por uma situação relacionada com drogas, que remonta a 2016, mas não por radicalismo, nem terrorismo.
O homem, que morava nessa comuna pelo menos desde 2013, era um "indivíduo isolado" e estava divorciado, acrescentou.
Segundo veículos de comunicação belgas, seu nome era Oussama Zariouh. Ele havia administrado uma loja de produtos de telecomunicação, atualmente fechada, e ainda trabalhava como instalador.
Durante a revista em sua casa nesta comuna popular, os investigadores encontraram "substâncias químicas, assim como materiais que poderiam servir para a fabricação de explosivos", descreveu a Justiça, informando que "provavelmente fabricou a bomba ali".
No total, quatro pessoas foram detidas ao final de quatro batidas, declarou o MP à noite, confirmando a informação da agência Belga.
São pessoas "que mantinham contatos regulares" com o suspeito falecido. Além de Molenbeek, foram feitas duas batidas em Koekelberg e em Anderlecht, dois municípios da região de Bruxelas.
Molenbeek foi o local de residência de vários autores de atentados cometidos na Europa nos últimos anos e vinculados ao EI, entre eles o suposto organizador do ataque de Paris em novembro de 2015 (130 mortos), Abdelhamid Abaaoud.
'Poderia ter sido muito pior'De acordo com a Procuradoria Federal, o homem entrou às 20h39 (15h39, horário de Brasília) na Estação Central, onde caminhou na direção de um grupo de turistas cinco minutos depois.
"Pegou sua maleta aos gritos e provocou uma explosão parcial. Por sorte, não houve feridos", afirma um comunicado.
O homem abandonou a bagagem em chamas, que mais tarde registrou uma segunda explosão mais violenta, e seguiu para as plataformas em busca de um gerente de estação, completa o comunicado do Ministério Público, acrescentando que a maleta continha "pregos e cilindros de gás".
O homem, que não tinha um cinturão de explosivos, faleceu ao ser atingido por tiros de um soldado, contra o qual avançou aos gritos de "Alá Akbar" (Alá é grande), explicou a Procuradoria.
Os fatos foram qualificados como tentativa de assassinato terrorista, disse o Ministério Público especializado em terrorismo, encarregado das investigações.
Coldplay"Evitou-se um atentado terrorista na Estação Central", situada perto da turística Grand-Place, declarou o primeiro-ministro belga, Charles Michel, após uma reunião do Conselho Nacional de Segurança.
"Não nos deixaremos intimidar pelos terroristas", garantiu.
A Bélgica, junto a outros países europeus como França e Reino Unido, tem sido alvo de uma série de atentados extremistas nos últimos anos.
Desde os atentados de Paris em novembro de 2015, reivindicado pelo EI e realizado pela mesma célula que atacou Bruxelas meses depois, soldados patrulham as zonas mais frequentadas da capital.
As autoridades mantiveram o nível de alerta terrorista 3 em uma escala de 4, informou Michel, que anunciou o reforço das medidas de segurança em função do show da banda britânica Coldplay nestas quarta e quinta à noite, no King Baudouin Stadium, em Bruxelas.
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