FMI: países devem evitar protecionismo 'a qualquer custo'
Washington, 28 Jul 2017 (AFP) - O Fundo Monetário Internacional (FMI) alertou os líderes mundiais nesta sexta-feira (28) para que evitem medidas protecionistas "a qualquer custo" devido aos danos que podem causar à economia local e global.
O comentário vai de encontro à postura do presidente americano, Donald Trump, que culpa os acordos comerciais pelas dificuldades econômicas enfrentadas por seu país. Trump ameaça criar barreiras às importações - uma política que o FMI afirmou que não funcionaria.
Na sexta edição do relatório anual que analisa desequilíbrios da economia global, o órgão afirma que, apesar das disparidades em comércio e investimento terem diminuído desde a crise, houve uma alta de superavits e deficits nas economias avançadas. Cerca de um terço do total são considerados desequilíbrios maiores que o desejado, e os países deveriam aplicar políticas para reduzi-los, sejam eles balanços positivos ou negativos.
Contudo, os países com deficit correm mais risco com uma reação negativa que leve a políticas anticomércio, disse o pesquisador-chefe do FMI Luis Cubeddu.
"Um ponto-chave do relatório é que as políticas protecionistas devem ser evitadas a qualquer custo", afirmou.
Essas políticas "dificilmente corrigem significativamente desequilíbrios externos e podem ser muito prejudiciais para o crescimento doméstico e global", completou Cubeddu.
Mesmo que exista um impacto em curto prazo no deficit comercial quando o país ergue uma barreira, a pesquisa do FMI mostra que "perdas globais do PIB aumentam com o prolongamento das políticas protecionistas, enquanto o impacto nos desequilíbrios globais diminui" e as moedas se ajustam para compensar.
Nas últimas semanas, o FMI tem divulgado relatórios que criticam posturas econômicas adotadas pela administração Trump dos Estados Unidos.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.