Governo argentino rechaça tarifas dos EUA a seu biodiesel
Buenos Aires, 25 Ago 2017 (AFP) - A Argentina rechaçou nesta quinta-feira que os Estados Unidos apliquem tarifas alfandegárias de mais de 50% às importações de seu biodiesel, pelo qual anunciou que se reserva ao direito de tomar atitudes legais para reverter a medida, indicou a chancelaria.
O governo "manifesta seu rechaço à magnitude dos direitos preliminares impostos, superiores a 50%, que não correspondem a nenhum tipo de investigação objetiva nem metodologia aceitável do ponto de vista das normas da Organização Mundial do Comércio (OMC)", informou a chancelaria em comunicado.
A imposição de tarifas pegou Buenos Aires de surpresa, que anunciou quase simultaneamente a abertura de importações de porcos americanos.
"A Argentina tentará reverter esta decisão preliminar e se reserva ao direito de levar à frente ações legais pertinentes", acrescentou a nota. O recurso de queixa é apresentado ante a OMC.
As exportações argentinas de biodiesel aos Estados Unidos alcançaram no ano passado os 1,25 bilhão de dólares, 90% das vendas totais ao exterior. Este ano acumularam 700 milhões de dólares no primeiro semestre.
"É um duro golpe à cadeia de soja na Argentina. Como país já perdemos o mercado da União Europeia (UE) com o mesmo argumento de dumping que agora os EUA utilizam", disse nesta quinta-feira em comunicado a entidade de agricultores Coninagro, uma das quatro grandes do setor.
As barreiras "são consequência da investigação promovida por produtores privados de biodiesel dos EUA", acrescentou a chancelaria.
Esta indústria recebeu um duro golpe em 2013 quando a União Europeia (UE), então destino de quase 90% das exportações de biocombustíveis, aplicou um imposto de importação de 24,6% ao biodiesel argentino.
A Argentina foi o quarto produtor mundial de biodiesel a partir da soja em 2016.
No ano passado, a OMC decidiu a favor da Argentina tanto em primeira instância como em apelação, contra a medida imposta pela UE.
Nessa sentença, "a nível comercial multilateral foi estabelecido que a Argentina não outorga subsídios à produção de biodiesel", protestou o governo na declaração.
As vendas à UE, entretanto, não se restabeleceram. Alcançaram os 1,5 bilhão de dólares anuais em 2012, antes das barreiras impostas pelo bloco europeu.
O setor do biodiesel gera 2.000 empregos diretos e outros 6.000 indiretos, segundo um comunicado desta quinta-feira da senadora opositora María de los Ángeles Sacnun.
O governo "manifesta seu rechaço à magnitude dos direitos preliminares impostos, superiores a 50%, que não correspondem a nenhum tipo de investigação objetiva nem metodologia aceitável do ponto de vista das normas da Organização Mundial do Comércio (OMC)", informou a chancelaria em comunicado.
A imposição de tarifas pegou Buenos Aires de surpresa, que anunciou quase simultaneamente a abertura de importações de porcos americanos.
"A Argentina tentará reverter esta decisão preliminar e se reserva ao direito de levar à frente ações legais pertinentes", acrescentou a nota. O recurso de queixa é apresentado ante a OMC.
As exportações argentinas de biodiesel aos Estados Unidos alcançaram no ano passado os 1,25 bilhão de dólares, 90% das vendas totais ao exterior. Este ano acumularam 700 milhões de dólares no primeiro semestre.
"É um duro golpe à cadeia de soja na Argentina. Como país já perdemos o mercado da União Europeia (UE) com o mesmo argumento de dumping que agora os EUA utilizam", disse nesta quinta-feira em comunicado a entidade de agricultores Coninagro, uma das quatro grandes do setor.
As barreiras "são consequência da investigação promovida por produtores privados de biodiesel dos EUA", acrescentou a chancelaria.
Esta indústria recebeu um duro golpe em 2013 quando a União Europeia (UE), então destino de quase 90% das exportações de biocombustíveis, aplicou um imposto de importação de 24,6% ao biodiesel argentino.
A Argentina foi o quarto produtor mundial de biodiesel a partir da soja em 2016.
No ano passado, a OMC decidiu a favor da Argentina tanto em primeira instância como em apelação, contra a medida imposta pela UE.
Nessa sentença, "a nível comercial multilateral foi estabelecido que a Argentina não outorga subsídios à produção de biodiesel", protestou o governo na declaração.
As vendas à UE, entretanto, não se restabeleceram. Alcançaram os 1,5 bilhão de dólares anuais em 2012, antes das barreiras impostas pelo bloco europeu.
O setor do biodiesel gera 2.000 empregos diretos e outros 6.000 indiretos, segundo um comunicado desta quinta-feira da senadora opositora María de los Ángeles Sacnun.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.