Chef francês renuncia a suas três estrelas no Guia Michelin
Toulouse, França, 20 Set 2017 (AFP) - Para ter mais liberdade e menos pressão, o chef francês Sébastien Bras, dono de um restaurante três estrelas no sul da França, quer renunciar a esta distinção de prestígio concedida pelo guia Michelin.
O chef, cujo estabelecimento faz parte do clube muito fechado dos 27 restaurantes três estrelas na França, anunciou nesta quarta-feira que pediu para não ser incluído no guia vermelho em 2018 "em total acordo com toda a família".
Seu restaurante Le Suquet, em Laguiole, tem três estrelas desde 1999.
Sébastien Bras, de 46 anos, que assumiu a cozinha após seu pai Michel Bras há dez anos, explica em um comunicado querer "abrir um novo capítulo em sua vida profissional sem a recompensa do guia vermelho, mas com a mesma paixão por cozinhar".
"Foi um grande desafio, uma fonte de muita satisfação (...), mas também de grande pressão", afirmou.
"Nós somos inspecionados duas ou três vezes por ano, e não sabemos quando. Cada prato que sai da cozinha pode ser inspecionado, o que significa que cada dia um dos nossos 500 pratos que sai da cozinha pode ser julgado", declarou o chefe à AFP.
"Talvez eu perca em notoriedade, mas eu aceito isso", assegura, prometendo que o cliente não deverá "ver diferença".
"Hoje, eu quero oferecer o melhor estando fora da competição. Vou me sentir mais livre, sem me perguntar se as minhas criações vão agradar os inspetores do Michelin", acrescenta Bras.
O Guia Michelin recebeu o pedido de Sébastien Bras e afirmou que irá examiná-lo, segundo declarou à AFP Claire Dorland-Clauzel, membro do comitê executivo do grupo Michelin, indicando, no entanto, que esta retirada "não será automática".
Ela ressaltou que "o Guia Michelin não é feito para os restaurantes, mas para os clientes, e sua independência reside também na atribuição de distinções".
Antes de Sébastien Bras, outros chefs renunciaram às estrelas. Em 2005, o chef francês Alain Senderens renunciou as suas três estrelas, mas porque havia "mudado de conceito", lembra Dorland-Clauzel. Em 2006, Antoine Westermann fez o mesmo, enquanto em 2008, Olivier Roellinger fechou seu restaurante três estrelas em Cancale.
rz-alm/dab/roc/mr
COMPAGNIE GENERALE DES ETABLISSEMENTS MICHELIN SCA
O chef, cujo estabelecimento faz parte do clube muito fechado dos 27 restaurantes três estrelas na França, anunciou nesta quarta-feira que pediu para não ser incluído no guia vermelho em 2018 "em total acordo com toda a família".
Seu restaurante Le Suquet, em Laguiole, tem três estrelas desde 1999.
Sébastien Bras, de 46 anos, que assumiu a cozinha após seu pai Michel Bras há dez anos, explica em um comunicado querer "abrir um novo capítulo em sua vida profissional sem a recompensa do guia vermelho, mas com a mesma paixão por cozinhar".
"Foi um grande desafio, uma fonte de muita satisfação (...), mas também de grande pressão", afirmou.
"Nós somos inspecionados duas ou três vezes por ano, e não sabemos quando. Cada prato que sai da cozinha pode ser inspecionado, o que significa que cada dia um dos nossos 500 pratos que sai da cozinha pode ser julgado", declarou o chefe à AFP.
"Talvez eu perca em notoriedade, mas eu aceito isso", assegura, prometendo que o cliente não deverá "ver diferença".
"Hoje, eu quero oferecer o melhor estando fora da competição. Vou me sentir mais livre, sem me perguntar se as minhas criações vão agradar os inspetores do Michelin", acrescenta Bras.
O Guia Michelin recebeu o pedido de Sébastien Bras e afirmou que irá examiná-lo, segundo declarou à AFP Claire Dorland-Clauzel, membro do comitê executivo do grupo Michelin, indicando, no entanto, que esta retirada "não será automática".
Ela ressaltou que "o Guia Michelin não é feito para os restaurantes, mas para os clientes, e sua independência reside também na atribuição de distinções".
Antes de Sébastien Bras, outros chefs renunciaram às estrelas. Em 2005, o chef francês Alain Senderens renunciou as suas três estrelas, mas porque havia "mudado de conceito", lembra Dorland-Clauzel. Em 2006, Antoine Westermann fez o mesmo, enquanto em 2008, Olivier Roellinger fechou seu restaurante três estrelas em Cancale.
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