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Petróleo volta a superar US$ 50 em Nova York

10/10/2017 17h50

Nova York, 10 Out 2017 (AFP) - O petróleo fechou em alta nesta terça-feira (10) em Nova York, após a Arábia Saudita se comprometer a reduzir suas extrações.

O barril de light sweet crude (WTI) para entrega em novembro avançou 1,34 dólar, a 50,92, no New York Mercantile Exchange (Nymex).

No Intercontinental Exchange (ICE) de Londres, o barril de Brent do Mar do Norte para entrega em dezembro fechou a 56,47 dólares, uma alta de 68 centavos em relação ao fechamento de segunda-feira.

"O mercado espera um reequilíbrio graças a uma menor oferta, após declarações da Arábia Saudita de exportar menos aos Estados Unidos", comentou Bart Melek da TD Securities.

Riade se comprometeu a reduzir, a partir de novembro, em 560 mil de barris diários, a 7,15 milhões, a quantidade de petróleo exportado.

O anúncio foi feito quando a Opep, liderada pela Arábia Saudita, e outros grandes produtores, entre eles, a Rússia, discutem a eventual extensão de um acordo de redução da produção, que começou em janeiro e está previsto para expirar em março de 2018.

A próxima reunião da Opep acontece no fim de novembro, em sua sede de Viena.

"O ano foi complexo para a Opep, especialmente por causa do aumento de quase 10% da produção americana de petróleo de xisto, justamente quando o cartel tenta encolher a oferta para elevar os preços", disse Lukman Otunuga, analista da FXTM.

A indústria petroleira americana não participa de nenhum acordo de redução das suas extrações. As empresas que exploram petróleo não-convencional - o que implica no uso de tecnologias caras - podem aumentar sua atividade à medida que o preço do barril for rentável.

Mesmo assim, os preços seguem sustentados pelos efeitos da tempestade Nate, que atingiu a costa do Golfo do México, zona rica de petróleo e cheia de refinarias, no último fim de semana.

"No auge da tempestade, o equivalente a 1,5 milhão de barris diários deixou de ser explorado no Golfo do México. Ao todo, espero uma perda de 8 milhões de barris de produção, o que pesará nos preços", estimou Andy Lipow, da Lipow Oil Associates.