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Nomeado novo governador do Banco Central do México

28/11/2017 23h41

México, 29 Nov 2017 (AFP) - Alejandro Díaz de León foi nomeado nesta terça-feira (28) pelo presidente Enrique Peña Nieto novo governador do Banco do México (central) em substituição a Agustín Carstens, que a partir de 1º de dezembro chefiará o Banco de Pagamentos Internacionais em Basileia, Suíça.

Díaz de León atua desde 1º de janeiro como vice-governador do Banco do México, cargo que permitiu ao presidente designar diretamente o novo governador porque caso contrário se exigiria a aprovação do Legislativo.

Com estudos em Economia e especialidade em Administração Pública pela Universidade de Yale, Díaz de León ocupará o cargo a partir de 1º de dezembro por um período de quatro anos com possibilidade de renovação.

"Em 2015 ocupou a Direção Geral do Banco Nacional de Comércio Exterior, onde atuou até o final de 2016. De 2011 a 2015, assumiu a titularidade da Unidade de Crédito Público na Secretaria da Fazenda", informou a Presidência mexicana em um comunicado.

Entre 1991 e 2007 ocupou diferentes cargos no Banco do México.

A saída de Carstens, que era governador desde 2010 e cujo desempenho é amplamente reconhecido por círculos financeiros, havia causado certo nervosismo nos mercados, que se viu acentuado por uma demora já que o prazo para designar o novo governador vencia em 30 de novembro.

Um dos maiores desafios de Díaz de León, de 47 anos, será controlar a inflação que voltou a subir nos últimos meses até alcançar 6,37% ao ano, depois de nos últimos anos ter se mantido dentro do objetivo do banco de 3% mais ou menos um ponto percentual.

Desde janeiro de 2017, os mexicanos enfrentam preços mais altos ante um aumento do preço da gasolina e a depreciação do peso perante o dólar, em meio às incertezas sobre o futuro do Tratado de Livre Comércio da América do Norte, negociado atualmente por México, Estados Unidos e Canadá por exigências do presidente americano Donald Trump.

Para evitar um golpe à economia devido à inflação, o Banco do México precisou elevar várias vezes sua taxa de juros de referência até levá-la aos 7% atuais.