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Argentina promete ser voz da América Latina na presidência do G20

30.11.2017 - O presidente argentino, Mauricio Macri, durante discurso em Buenos Aires - Presidência da Argentina/Reuters
30.11.2017 - O presidente argentino, Mauricio Macri, durante discurso em Buenos Aires Imagem: Presidência da Argentina/Reuters

30/11/2017 16h59

Buenos Aires, 30 Nov 2017 (AFP) - A Argentina prometeu, nesta quinta-feira (30), que vai tentar levar a voz e as aspirações da América Latina ao G20, quando assumir a presidência rotativa do grupo, que ficará pela primeira vez nas mãos de um país sul-americano.

"Queremos ser a expressão de toda uma região, por isso vamos colocar no centro do G20 as preocupações e aspirações desta região em desenvolvimento, ansiosa por novas oportunidades", disse o presidente Mauricio Macri durante uma cerimônia em Buenos Aires para receber a titularidade do bloco das mãos da Alemanha.

"Vamos mostrar que podemos nos somar a uma negociação global sem erguer a voz com raiva, mas também sem seguir passivamente os interesses dos outros", disse Macri na cerimônia realizada no Centro Cultural Kirchner, em Buenos Aires.

A chanceler alemã, Angela Merkel, expressou, em um vídeo, bons augúrios para a Argentina e lembrou da "grande importância da cooperação" para alcançar os objetivos estabelecidos na última cúpula, em Hamburgo.

Na ocasião, foram traçadas diretrizes sobre "proteção do clima, imigração e deslocamentos forçados e a luta com o terrorismo e as pandemias", recordou Merkel.

Sob o tema "Construindo consensos para um desenvolvimento equitativo e sustentável", a Argentina se propõe a seguir as linhas traçadas pela Alemanha, trazendo uma perspectiva "da diversidade", explicou Macri.

Na apresentação também foi lida uma carta do presidente chinês, Xi Jinping, e exibido um vídeo do primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, com expressões de apoio.

Nesta sexta-feira acontece a primeira reunião de ministros de Finanças e presidentes dos bancos centrais do G20 na cidade de San Carlos de Bariloche, 1.800 km ao sul de Buenos Aires.

Durante a sua presidência, a Argentina vai receber mais de 50 reuniões em nove cidades do país, segundo o calendário de trabalho.

A agenda proposta está baseada em três eixos: o futuro do emprego, a infraestrutura para o desenvolvimento e a segurança alimentar.