Argentina tem tensão cambiária por alta demanda de dólares
Buenos Aires, 24 Jan 2018 (AFP) - A forte demanda por dólares na Argentina levou, nesta quarta-feira, a taxa de câmbio a beirar a barreira dos 20 pesos por cada dólar americano, em consequência da queda na taxa de juros, indicaram analistas à AFP.
"Uma redução na taxa de juros do Banco Central (de 28% a 27,25%) deixou mais dinheiro nas ruas, e isso se traduz em maior demanda por dólares", explicou Fausto Spotorno, da consultoria Orlando Ferreres.
A taxa de câmbio chegou ao recorde de 19,85 pesos por cada dólar, uma moeda que é a paixão histórica dos argentinos. No mercado informal, chamado 'blue', já havia um dólar a 20 pesos.
O governo do presidente Maurício Macri acaba de elevar a meta de inflação de 2018, de 10% para 15%, após fechar 2017 em 24,8%, mas, ao mesmo tempo, manteve a intenção de moderar as altas taxas de juros.
"A Argentina tem déficit primário de 5% do PIB e déficit fiscal. Mas o que o Banco Central fez é estranho, vai contra todos os manuais. O mercado vê que, diante de uma meta de inflação mais alta, em vez de aumentar a taxa de juros, ela está caindo", disse à AFP Pablo Tigani, diretor da empresa de consultoria Hacer.
"O mercado pensa, então que, talvez, o Banco Central esteja tentando corrigir a taxa de câmbio, que está defasada", explicou Tigani.
Os exportadores de cereais e indústrias destacaram sua preferência por uma taxa de câmbio mais alta para melhorar seu perfil de custos e lucros.
"Uma redução na taxa de juros do Banco Central (de 28% a 27,25%) deixou mais dinheiro nas ruas, e isso se traduz em maior demanda por dólares", explicou Fausto Spotorno, da consultoria Orlando Ferreres.
A taxa de câmbio chegou ao recorde de 19,85 pesos por cada dólar, uma moeda que é a paixão histórica dos argentinos. No mercado informal, chamado 'blue', já havia um dólar a 20 pesos.
O governo do presidente Maurício Macri acaba de elevar a meta de inflação de 2018, de 10% para 15%, após fechar 2017 em 24,8%, mas, ao mesmo tempo, manteve a intenção de moderar as altas taxas de juros.
"A Argentina tem déficit primário de 5% do PIB e déficit fiscal. Mas o que o Banco Central fez é estranho, vai contra todos os manuais. O mercado vê que, diante de uma meta de inflação mais alta, em vez de aumentar a taxa de juros, ela está caindo", disse à AFP Pablo Tigani, diretor da empresa de consultoria Hacer.
"O mercado pensa, então que, talvez, o Banco Central esteja tentando corrigir a taxa de câmbio, que está defasada", explicou Tigani.
Os exportadores de cereais e indústrias destacaram sua preferência por uma taxa de câmbio mais alta para melhorar seu perfil de custos e lucros.
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