Bolsas europeias em forte queda seguindo Wall Street e Ásia
Paris, 6 Fev 2018 (AFP) - Os principais mercados de ações europeus sofreram grandes quedas nesta terça-feira (6), seguindo Wall Street e os mercados asiáticos, despencando após meses de euforia e alta.
No início das operações, a Bolsa de Londres caiu 3,5%, Paris 3,43%, Frankfurt 3,58%, Madrid 3,3% e Amsterdã 3,6%.
"A Europa enfrenta uma onda vermelha após o sangramento nos mercados dos Estados Unidos", menos de duas semanas depois de Wall Street "atingir um pico histórico", disse Jasper Lawler, analista do London Capital Group.
A questão predominante nesta terça-feira na Europa é se a queda está apenas começando, ou se é temporária.
De acordo com especialistas da Mirabaud Securities Genève, "a sessão de hoje será muito importante, talvez a mais importante desde o início do ano, pois testará os nervos dos investidores e confirmará, ou não, se entramos " em uma fase prolongada de recuo do mercado.
"Até onde vai a queda?", questionam analistas da Aurel BGC, estimando que "o declínio poderia durar um pouco" nesta semana, embora considerem que "a liquidez é abundante e que os investidores devem considerar essa queda ser mais saudável do que prejudicial", preparando o caminho para uma estabilização.
"Evidentemente, se os novos sinais tendem a confirmar que a inflação realmente está se acelerando nos Estados Unidos, a volatilidade pode continuar a ser mais forte", acrescentam.
O medo da inflação inflamou os mercados, apesar de 2018 ter tido um bom início nos mercados de ações globais, especialmente em Wall Street, que quebrou recordes por semanas.
Na sexta-feira, a publicação do relatório mensal sobre o emprego nos Estados Unidos mudou de repente a situação.
O documento, que contém boas notícias para a economia americana, como o aumento significativo dos salários em janeiro, teve um efeito devastador sobre os mercados, aumentando o medo do crescimento da inflação e, portanto, um aumento nas taxas de juros antes do esperado.
Após a publicação desse relatório, o desempenho dos títulos do Tesouro americano dispararam, e Wall Street despencou.
Na segunda-feira, as quedas se ampliaram, e o índice Dow Jones caiu perto de 1.600 unidades, antes de se recuperar parcialmente e fechar com queda de 4,60%.
As principais bolsas asiáticas caíram nesta terça-feira, seguindo os passos de Wall Street. Em Tóquio, o índice Nikkei 225 recuou 4,73%, um fato sem precedentes desde a chegada de Donald Trump à Casa Branca, o que causou sobressaltos nos mercados. Hong Kong perdeu mais de 5%.
"Os investidores estão convencidos de que a inflação está retornando e que as taxas de juros aumentarão mais do que o previsto", disse Stephen Innes, responsável pelas transações da Ásia-Pacífico na Oanda.
No mercado de títulos, o rendimento dos bônus a 10 anos foi a 2,758%, contra 2,706% na segunda-feira.
O mercado europeu cumpriu o papel de refúgio na terça-feira. As taxas a 10 anos do Bund alemão, referência no mercado, caiu a 0,699%, contra 0,736% do dia anterior.
O iene e o ouro, refúgios em períodos de incerteza, se valorizaram.
bur-anb-abx/soe/spi/pa/zm/ll/cc
No início das operações, a Bolsa de Londres caiu 3,5%, Paris 3,43%, Frankfurt 3,58%, Madrid 3,3% e Amsterdã 3,6%.
"A Europa enfrenta uma onda vermelha após o sangramento nos mercados dos Estados Unidos", menos de duas semanas depois de Wall Street "atingir um pico histórico", disse Jasper Lawler, analista do London Capital Group.
A questão predominante nesta terça-feira na Europa é se a queda está apenas começando, ou se é temporária.
De acordo com especialistas da Mirabaud Securities Genève, "a sessão de hoje será muito importante, talvez a mais importante desde o início do ano, pois testará os nervos dos investidores e confirmará, ou não, se entramos " em uma fase prolongada de recuo do mercado.
"Até onde vai a queda?", questionam analistas da Aurel BGC, estimando que "o declínio poderia durar um pouco" nesta semana, embora considerem que "a liquidez é abundante e que os investidores devem considerar essa queda ser mais saudável do que prejudicial", preparando o caminho para uma estabilização.
"Evidentemente, se os novos sinais tendem a confirmar que a inflação realmente está se acelerando nos Estados Unidos, a volatilidade pode continuar a ser mais forte", acrescentam.
O medo da inflação inflamou os mercados, apesar de 2018 ter tido um bom início nos mercados de ações globais, especialmente em Wall Street, que quebrou recordes por semanas.
Na sexta-feira, a publicação do relatório mensal sobre o emprego nos Estados Unidos mudou de repente a situação.
O documento, que contém boas notícias para a economia americana, como o aumento significativo dos salários em janeiro, teve um efeito devastador sobre os mercados, aumentando o medo do crescimento da inflação e, portanto, um aumento nas taxas de juros antes do esperado.
Após a publicação desse relatório, o desempenho dos títulos do Tesouro americano dispararam, e Wall Street despencou.
Na segunda-feira, as quedas se ampliaram, e o índice Dow Jones caiu perto de 1.600 unidades, antes de se recuperar parcialmente e fechar com queda de 4,60%.
As principais bolsas asiáticas caíram nesta terça-feira, seguindo os passos de Wall Street. Em Tóquio, o índice Nikkei 225 recuou 4,73%, um fato sem precedentes desde a chegada de Donald Trump à Casa Branca, o que causou sobressaltos nos mercados. Hong Kong perdeu mais de 5%.
"Os investidores estão convencidos de que a inflação está retornando e que as taxas de juros aumentarão mais do que o previsto", disse Stephen Innes, responsável pelas transações da Ásia-Pacífico na Oanda.
No mercado de títulos, o rendimento dos bônus a 10 anos foi a 2,758%, contra 2,706% na segunda-feira.
O mercado europeu cumpriu o papel de refúgio na terça-feira. As taxas a 10 anos do Bund alemão, referência no mercado, caiu a 0,699%, contra 0,736% do dia anterior.
O iene e o ouro, refúgios em períodos de incerteza, se valorizaram.
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