China registra superávit comercial recorde com os Estados Unidos
Pequim, 13 Jul 2018 (AFP) - A China registrou um superávit recorde com os Estados Unidos de quase 30 bilhões de dólares em junho, uma cifra que pode alimentar a fúria de Donald Trump, que impulsiona uma guerra comercial contra o gigante asiático.
Trata-se de um excedente comercial mensal recorde, inédito desde 1999, segundo a agência Bloomberg.
As cifras de junho são as últimas publicadas antes da entrada em vigor de tarifas punitivas de 25% que os dois países se impuseram reciprocamente desde de 6 de julho, sobre um total de 34 bilhões de dólares de importações.
O presidente americano, Donald Trump, acusa a China de concorrência desleal e de roubar a tecnologia de seu país e ameaça impor mais tarifas sobre praticamente todas as exportações chinesas.
Mas apesar das hostilidades, o comércio entre os dois países experimenta, por ora, boa saúde: nos seis primeiros meses do ano, o comércio bilateral aumentou 13,1%, as exportações chinesas para os Estados Unidos cresceram 13,6% e as importações subiram 11,8%.
O superávit comercial chinês nos primeiros seis meses do ano foi de 133,8 bilhões de dólares, segundo Pequim, contra 117 bilhões no primeiro semestre de 2017.
Mas essa tendência, que reflete o intenso comércio bilateral, não poderá ser mantida, segundo autoridades chinesas.
"Essa disputa comercial sem dúvida terá um impacto nos intercâmbios comerciais China-EUA, e um impacto muito negativo para o comércio mundial", declarou à imprensa o porta-voz das Aduanas, Huang Songping.
- Desconfiança mútua -De fato, a rivalidade comercial entre as duas potências não dá sinais de alívio: Pequim anunciou nesta quinta-feira não ter nenhuma reunião prevista com os Estados Unidos devido à desconfiança entre os dois países.
Em nota, o ministério chinês rechaçou as acusações de Washington de que uma concorrência desleal da China gera esse superávit.
Para Pequim, os Estados Unidos "superestimam" o desequilíbrio comercial cuja origem deve ser procurado "nos problemas subjacentes da economia e da sociedade americanas".
Neste contexto, "o crescimento das exportações (chinesas) vá desacelerar nos próximos meses, em consequência das tarifas americanas e de uma queda generalizada da demanda mundial", prevê o economista Julian Evans-Pritchard, da firma Capital Economics.
Assim, o governo chinês, ameaçado por uma desaceleração econômica, poderia renunciar a lutar contra o endividamento para privilegiar um apoio à atividade econômica, prevê o economista Ting Lu, do banco Nomura.
"Prevemos uma notável desaceleração do crescimento econômico" no segundo semestre, afirma Lu.
Nesta semana, o governo dos Estados Unidos deu um novo passo em sua guerra comercial com a China, ao anunciar que está estabelecendo uma lista por 200 bilhões de dólares a produtos chineses aos quais vai impor tarifas adicionais.
Em relação ao resto do mundo, as exportações da China aumentaram 11,3% em junho em termos interanuais, um pouco menos que em maio (+12,6%), mas o excedente comercial total do gigante asiático avançou significativamente, a 41,6 bilhões de dólares, frente aos 24,9 bilhões de maio.
As importações chinesas avançaram 14,1% em junho em termos interanuais, menos que em maio (+26%).
rwm-bar/cn/sgf-me/es/ll/cc
Trata-se de um excedente comercial mensal recorde, inédito desde 1999, segundo a agência Bloomberg.
As cifras de junho são as últimas publicadas antes da entrada em vigor de tarifas punitivas de 25% que os dois países se impuseram reciprocamente desde de 6 de julho, sobre um total de 34 bilhões de dólares de importações.
O presidente americano, Donald Trump, acusa a China de concorrência desleal e de roubar a tecnologia de seu país e ameaça impor mais tarifas sobre praticamente todas as exportações chinesas.
Mas apesar das hostilidades, o comércio entre os dois países experimenta, por ora, boa saúde: nos seis primeiros meses do ano, o comércio bilateral aumentou 13,1%, as exportações chinesas para os Estados Unidos cresceram 13,6% e as importações subiram 11,8%.
O superávit comercial chinês nos primeiros seis meses do ano foi de 133,8 bilhões de dólares, segundo Pequim, contra 117 bilhões no primeiro semestre de 2017.
Mas essa tendência, que reflete o intenso comércio bilateral, não poderá ser mantida, segundo autoridades chinesas.
"Essa disputa comercial sem dúvida terá um impacto nos intercâmbios comerciais China-EUA, e um impacto muito negativo para o comércio mundial", declarou à imprensa o porta-voz das Aduanas, Huang Songping.
- Desconfiança mútua -De fato, a rivalidade comercial entre as duas potências não dá sinais de alívio: Pequim anunciou nesta quinta-feira não ter nenhuma reunião prevista com os Estados Unidos devido à desconfiança entre os dois países.
Em nota, o ministério chinês rechaçou as acusações de Washington de que uma concorrência desleal da China gera esse superávit.
Para Pequim, os Estados Unidos "superestimam" o desequilíbrio comercial cuja origem deve ser procurado "nos problemas subjacentes da economia e da sociedade americanas".
Neste contexto, "o crescimento das exportações (chinesas) vá desacelerar nos próximos meses, em consequência das tarifas americanas e de uma queda generalizada da demanda mundial", prevê o economista Julian Evans-Pritchard, da firma Capital Economics.
Assim, o governo chinês, ameaçado por uma desaceleração econômica, poderia renunciar a lutar contra o endividamento para privilegiar um apoio à atividade econômica, prevê o economista Ting Lu, do banco Nomura.
"Prevemos uma notável desaceleração do crescimento econômico" no segundo semestre, afirma Lu.
Nesta semana, o governo dos Estados Unidos deu um novo passo em sua guerra comercial com a China, ao anunciar que está estabelecendo uma lista por 200 bilhões de dólares a produtos chineses aos quais vai impor tarifas adicionais.
Em relação ao resto do mundo, as exportações da China aumentaram 11,3% em junho em termos interanuais, um pouco menos que em maio (+12,6%), mas o excedente comercial total do gigante asiático avançou significativamente, a 41,6 bilhões de dólares, frente aos 24,9 bilhões de maio.
As importações chinesas avançaram 14,1% em junho em termos interanuais, menos que em maio (+26%).
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