Tensões comerciais ameaçam crescimento mundial neste ano, alerta FMI
Washington, 16 Jul 2018 (AFP) - As disputas comerciais entre os Estados Unidos e seus parceiros podem prejudicar, a curto prazo, a economia global, anunciou nesta segunda-feira o Fundo Monetário Internacional (FMI) ao confirmar que espera um crescimento mundial de 3,9% em 2018.
"O risco de que as tensões comerciais atuais se intensifiquem e que impactem negativamente a confiança e o investimento representa a maior ameaça ao crescimento mundial a curto prazo", disse Maurice Obstfeld, economista-chefe do FMI.
Para o próximo ano, o FMI também manteve a previsão de abril, de crescimento de 3,9%.
Mas "evitar medidas protecionistas e encontrar uma solução cooperativa, que promova o crescimento do comércio de bens e serviços, continua sendo essencial para preservar a expansão global", disse a agência.
Em meio ao conflito comercial, o FMI revisou para baixo o crescimento do volume de comércio de mercadorias.
A atualização publicada na segunda-feira, no entanto, revisou para baixo as expectativas de vários países europeus e também da América Latina.
Segundo o FMI, a América Latina e o Caribe crescerão 1,6% em 2018, embora em abril tenha expressado uma expectativa de avanço de 2,0%. Para 2019, o FMI espera um crescimento de 2,6% na região, 0,2 ponto a menos que em abril.
- Atenção à zona do euro -Por ora, a projeção para as duas principais economias do mundo - os Estados Unidos e a China, protagonistas de uma dura guerra comercial - permaneceu inalterada para este ano.
Por outro lado, o FMI estimou que o crescimento dos países desenvolvidos será de 2,4% (-0,1 ponto) em 2018, com os Estados Unidos à frente (+ 2,9%), graças ao impulso da reforma fiscal implementada no fim de 2017, que consiste numa redução de impostos para as famílias e empresas.
O Fundo também reduziu a projeção de expansão para a zona do euro (-0,2 ponto, a 2,2%), devido às previsões mais baixas para a Alemanha (-0,3 ponto, a 2,2%), França (-0,3 ponto, a 1,8%) e Itália (-0,3 ponto, a 1,2%).
A agência observou "uma desaceleração da atividade econômica mais pronunciada do que o esperado no primeiro trimestre", para as duas principais economias e mencionou como um problema a incerteza política na Itália.
Quanto ao Reino Unido, cujo crescimento foi estimado em 1,4% (-0,2 ponto em relação à previsão de abril), os termos do Brexit permanecem incertos, "apesar dos meses de negociações", disse Obstfeld.
Ele também observou que as interrupções na oferta e as tensões geopolíticas têm contribuído para elevar o preço do petróleo, o que beneficia países exportadores como a Rússia e outras nações produtoras do Oriente Médio.
O FMI recomendou que os governos estejam mais atentos à equidade econômica e protejam os mais pobres, já que a recuperação econômica não foi suficientemente bem distribuída.
ahg-mls/gm/ll
"O risco de que as tensões comerciais atuais se intensifiquem e que impactem negativamente a confiança e o investimento representa a maior ameaça ao crescimento mundial a curto prazo", disse Maurice Obstfeld, economista-chefe do FMI.
Para o próximo ano, o FMI também manteve a previsão de abril, de crescimento de 3,9%.
Mas "evitar medidas protecionistas e encontrar uma solução cooperativa, que promova o crescimento do comércio de bens e serviços, continua sendo essencial para preservar a expansão global", disse a agência.
Em meio ao conflito comercial, o FMI revisou para baixo o crescimento do volume de comércio de mercadorias.
A atualização publicada na segunda-feira, no entanto, revisou para baixo as expectativas de vários países europeus e também da América Latina.
Segundo o FMI, a América Latina e o Caribe crescerão 1,6% em 2018, embora em abril tenha expressado uma expectativa de avanço de 2,0%. Para 2019, o FMI espera um crescimento de 2,6% na região, 0,2 ponto a menos que em abril.
- Atenção à zona do euro -Por ora, a projeção para as duas principais economias do mundo - os Estados Unidos e a China, protagonistas de uma dura guerra comercial - permaneceu inalterada para este ano.
Por outro lado, o FMI estimou que o crescimento dos países desenvolvidos será de 2,4% (-0,1 ponto) em 2018, com os Estados Unidos à frente (+ 2,9%), graças ao impulso da reforma fiscal implementada no fim de 2017, que consiste numa redução de impostos para as famílias e empresas.
O Fundo também reduziu a projeção de expansão para a zona do euro (-0,2 ponto, a 2,2%), devido às previsões mais baixas para a Alemanha (-0,3 ponto, a 2,2%), França (-0,3 ponto, a 1,8%) e Itália (-0,3 ponto, a 1,2%).
A agência observou "uma desaceleração da atividade econômica mais pronunciada do que o esperado no primeiro trimestre", para as duas principais economias e mencionou como um problema a incerteza política na Itália.
Quanto ao Reino Unido, cujo crescimento foi estimado em 1,4% (-0,2 ponto em relação à previsão de abril), os termos do Brexit permanecem incertos, "apesar dos meses de negociações", disse Obstfeld.
Ele também observou que as interrupções na oferta e as tensões geopolíticas têm contribuído para elevar o preço do petróleo, o que beneficia países exportadores como a Rússia e outras nações produtoras do Oriente Médio.
O FMI recomendou que os governos estejam mais atentos à equidade econômica e protejam os mais pobres, já que a recuperação econômica não foi suficientemente bem distribuída.
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