Argentina anuncia ampliação de acordo com FMI em US$ 7,1 bilhões
Nova York, 26 Set 2018 (AFP) - O Fundo Monetário Internacional (FMI) concordou em ampliar em 7,1 bilhões de dólares o crédito de 50 bilhões que foi acordado em junho para estabilizar a economia da Argentina, anunciou o ministro de Finanças argentino, Nicolás Dujovne.
O acordo "permitirá que nosso país deixe para trás o caminho turbulento dos últimos meses", disse Dujovne durante uma coletiva de imprensa com a diretora-gerente do FMI, Christine Lagarde, à margem da Assembleia Geral das Nações Unidas em Nova York.
Lagarde disse que o objetivo é ajudar a nação a "enfrentar seus desafios" e apoiar as populações mais vulneráveis.
A Argentina acordou originalmente um empréstimo de 50 bilhões de dólares em junho, quando uma parcela inicial de 15 bilhões foi repassada.
No entanto, no mês passado, o presidente Mauricio Macri revelou que pediu um adiantamento do desembolso dos 35 bilhões restantes, com outros 3 bilhões até novembro e o restante nos próximos três anos.
O novo acordo "antecipa o financiamento do FMI", disse o Fundo em comunicado.
O anúncio do acordo acontece um dia depois de a Argentina ter mudado o presidente do seu Banco Central.
Alguns analistas acreditam que Luis Caputo estava em desacordo com o FMI sobre a estratégia monetária da Argentina, o que levou à sua substituição por Guido Sandleris.
Lagarde disse que "a inflação persistentemente alta continua erodindo a base da prosperidade econômica na Argentina" e, para enfrentá-la, as "autoridades do país mudarão para um regime de política monetária mais forte, mais simples e verificável".
Ela disse que a Argentina "conterá a oferta de dinheiro e manterá as taxas de juros de curto prazo em seu nível" atual de 60%, com o objetivo de reduzir rapidamente a inflação, que deverá atingir 40% até o fim do ano.
Os problemas econômicos da Argentina foram provocados por uma rápida perda de confiança em sua moeda desde abril.
O peso perdeu cerca de 50% de seu valor em relação ao dólar desde o início do ano, incluindo 20% em um período de dois dias em agosto, depois que Macri anunciou que estava tentando renegociar o empréstimo do FMI.
Desde então, ele introduziu medidas de austeridade muito impopulares, inclusive a redução pela metade do número de ministérios e a restauração de impostos sobre as exportações de grãos.
O peso se estabilizou desde a queda de agosto, embora tenha recuado 2,2% na terça-feira após a renúncia de Caputo.
Em sua coletiva de imprensa, Dujovne disse que os fundos "não têm mais o caráter de precaução, como estabelecido pelo acordo original, mas podem ser totalmente usados como apoio orçamentário".
"Os desembolsos esperados para o restante de 2018 e para 2019 serão significativamente aumentados em US$ 19 bilhões", disse o ministro no dia seguinte a uma greve geral contra as medidas de austeridade e o acordo com o FMI.
Para o restante deste ano, o ministro disse que o crédito subiu de 6 bilhões para 13,4 bilhões.
O acordo "permitirá que nosso país deixe para trás o caminho turbulento dos últimos meses", disse Dujovne durante uma coletiva de imprensa com a diretora-gerente do FMI, Christine Lagarde, à margem da Assembleia Geral das Nações Unidas em Nova York.
Lagarde disse que o objetivo é ajudar a nação a "enfrentar seus desafios" e apoiar as populações mais vulneráveis.
A Argentina acordou originalmente um empréstimo de 50 bilhões de dólares em junho, quando uma parcela inicial de 15 bilhões foi repassada.
No entanto, no mês passado, o presidente Mauricio Macri revelou que pediu um adiantamento do desembolso dos 35 bilhões restantes, com outros 3 bilhões até novembro e o restante nos próximos três anos.
O novo acordo "antecipa o financiamento do FMI", disse o Fundo em comunicado.
O anúncio do acordo acontece um dia depois de a Argentina ter mudado o presidente do seu Banco Central.
Alguns analistas acreditam que Luis Caputo estava em desacordo com o FMI sobre a estratégia monetária da Argentina, o que levou à sua substituição por Guido Sandleris.
Lagarde disse que "a inflação persistentemente alta continua erodindo a base da prosperidade econômica na Argentina" e, para enfrentá-la, as "autoridades do país mudarão para um regime de política monetária mais forte, mais simples e verificável".
Ela disse que a Argentina "conterá a oferta de dinheiro e manterá as taxas de juros de curto prazo em seu nível" atual de 60%, com o objetivo de reduzir rapidamente a inflação, que deverá atingir 40% até o fim do ano.
Os problemas econômicos da Argentina foram provocados por uma rápida perda de confiança em sua moeda desde abril.
O peso perdeu cerca de 50% de seu valor em relação ao dólar desde o início do ano, incluindo 20% em um período de dois dias em agosto, depois que Macri anunciou que estava tentando renegociar o empréstimo do FMI.
Desde então, ele introduziu medidas de austeridade muito impopulares, inclusive a redução pela metade do número de ministérios e a restauração de impostos sobre as exportações de grãos.
O peso se estabilizou desde a queda de agosto, embora tenha recuado 2,2% na terça-feira após a renúncia de Caputo.
Em sua coletiva de imprensa, Dujovne disse que os fundos "não têm mais o caráter de precaução, como estabelecido pelo acordo original, mas podem ser totalmente usados como apoio orçamentário".
"Os desembolsos esperados para o restante de 2018 e para 2019 serão significativamente aumentados em US$ 19 bilhões", disse o ministro no dia seguinte a uma greve geral contra as medidas de austeridade e o acordo com o FMI.
Para o restante deste ano, o ministro disse que o crédito subiu de 6 bilhões para 13,4 bilhões.
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