Opep revisa em baixa demanda mundial de petróleo
Paris, 13 Nov 2018 (AFP) - A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) revisou novamente em baixa suas previsões de demanda mundial para 2018 e 2019 e demonstrou preocupação com o excesso de oferta no mercado.
Em relatório publicado nesta terça-feira (13), a Opep prevê que a demanda mundial crescerá em 1,5 milhão de barris diários (mbd) neste ano, 40 mil barris diários a menos do que nas estimativas do mês passado. A demanda total chegaria a 98,79 mbd.
A revisão em baixa se justifica pela queda da demanda no Oriente Médio e também na China, indica a Opep.
Para o ano que vem, o cartel prevê um crescimento de 1,29 mbd, cerca de 70 mil barris diários a menos que a previsão anterior. A demanda total chegaria a 100,08 mbd.
Acerca da oferta, a produção dos países da Opep alcançou 32,9 mbd em outubro, 127 mil barris diários a mais que no mês anterior, segundo fontes secundárias da organização.
Além disso, o cartel revisou em leve alta a previsão de produção dos países de fora do grupo para 2019 e 2019, graças aos Estados Unidos.
"Embora o mercado tenha alcançado o equilíbrio por ora, as previsões para 2019 sobre o crescimento da oferta de (países) não Opep indicam volumes mais elevados, que superam o aumento da demanda mundial e levam a um excesso do crescimento da oferta no mercado", indicou o cartel em seu relatório mensal sobre o petróleo.
"A recente revisão para baixo das previsões de crescimento econômico mundial e a incerteza associada confirmam a pressão que emerge sobre a demanda de petróleo observada nos últimos meses", observa a Opep.
A Arábia Saudita, maior produtora de petróleo do mundo, defendeu na segunda-feira reduzir a produção mundial em 1 mdb para equilibrar o mercado e controlar a queda dos preços.
Os preços caíram muito desde o começo de outubro. O barril de Brent foi cotado abaixo de 70 dólares nesta sexta-feira pela primeira vez desde abril, quando as sanções americanas ao Irã foram mais leves que o esperado. Nesta terça, às 11h GMT (9h de Brasília), o barril de Brent era vendido a 68,59 dólares.
Riad também anunciou que reduziria sua própria produção e, a partir de dezembro, as exportações - em 500 mil barris ao dia em relação a novembro.
Trump rapidamente reagiu para pressionar a Opep a não reduzir sua produção.
"Espero que a Arábia Saudita e a Opep não reduzam sua produção. Os preços do petróleo deviam estar bem mais baixos, com base na demanda", tuitou o presidente americano.
- Redução na Venezuela -O relatório da Opep também analisou a situação da Venezuela. A produção do país latino-americano continuou a cair em outubro a 1,171 mdb - 3,3% menos do que em setembro.
Baseado em fontes secundárias do setor, o informe aponta para uma queda de 39% em relação à extração média de 2017 (1,911 mbd).
O volume já era o mais baixo em três décadas - desconsiderando a queda registrada por uma greve no setor entre dezembro de 2002 e fevereiro de 2003.
A consultoria Ecoanalítica estima que a produção poderia cair a 500 mil barris diários em 2019, frente aos 3,2 milhões de 2008.
Em relatório publicado nesta terça-feira (13), a Opep prevê que a demanda mundial crescerá em 1,5 milhão de barris diários (mbd) neste ano, 40 mil barris diários a menos do que nas estimativas do mês passado. A demanda total chegaria a 98,79 mbd.
A revisão em baixa se justifica pela queda da demanda no Oriente Médio e também na China, indica a Opep.
Para o ano que vem, o cartel prevê um crescimento de 1,29 mbd, cerca de 70 mil barris diários a menos que a previsão anterior. A demanda total chegaria a 100,08 mbd.
Acerca da oferta, a produção dos países da Opep alcançou 32,9 mbd em outubro, 127 mil barris diários a mais que no mês anterior, segundo fontes secundárias da organização.
Além disso, o cartel revisou em leve alta a previsão de produção dos países de fora do grupo para 2019 e 2019, graças aos Estados Unidos.
"Embora o mercado tenha alcançado o equilíbrio por ora, as previsões para 2019 sobre o crescimento da oferta de (países) não Opep indicam volumes mais elevados, que superam o aumento da demanda mundial e levam a um excesso do crescimento da oferta no mercado", indicou o cartel em seu relatório mensal sobre o petróleo.
"A recente revisão para baixo das previsões de crescimento econômico mundial e a incerteza associada confirmam a pressão que emerge sobre a demanda de petróleo observada nos últimos meses", observa a Opep.
A Arábia Saudita, maior produtora de petróleo do mundo, defendeu na segunda-feira reduzir a produção mundial em 1 mdb para equilibrar o mercado e controlar a queda dos preços.
Os preços caíram muito desde o começo de outubro. O barril de Brent foi cotado abaixo de 70 dólares nesta sexta-feira pela primeira vez desde abril, quando as sanções americanas ao Irã foram mais leves que o esperado. Nesta terça, às 11h GMT (9h de Brasília), o barril de Brent era vendido a 68,59 dólares.
Riad também anunciou que reduziria sua própria produção e, a partir de dezembro, as exportações - em 500 mil barris ao dia em relação a novembro.
Trump rapidamente reagiu para pressionar a Opep a não reduzir sua produção.
"Espero que a Arábia Saudita e a Opep não reduzam sua produção. Os preços do petróleo deviam estar bem mais baixos, com base na demanda", tuitou o presidente americano.
- Redução na Venezuela -O relatório da Opep também analisou a situação da Venezuela. A produção do país latino-americano continuou a cair em outubro a 1,171 mdb - 3,3% menos do que em setembro.
Baseado em fontes secundárias do setor, o informe aponta para uma queda de 39% em relação à extração média de 2017 (1,911 mbd).
O volume já era o mais baixo em três décadas - desconsiderando a queda registrada por uma greve no setor entre dezembro de 2002 e fevereiro de 2003.
A consultoria Ecoanalítica estima que a produção poderia cair a 500 mil barris diários em 2019, frente aos 3,2 milhões de 2008.
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