Desaceleração do crescimento nos EUA será mais acentuada em 2020, diz FMI
Washington, 9 dez 2018 (AFP) - Os Estados Unidos sentirão os efeitos da desaceleração do crescimento em outras partes do mundo, alertou o economista-chefe do FMI neste domingo. Ele também descartou uma recessão pela principal potência econômica do mundo.
"Antecipamos há algum tempo que o crescimento (nos Estados Unidos) diminuirá progressivamente em 2019 em comparação com este ano", conforme o estímulo fiscal e orçamentário do Trump for perdendo força, disse Maurice Obstfeld durante uma entrevista com o Wall Street Journal e o Financial Times, alguns dias antes de deixar o Fundo Monetário Internacional (FMI).
A desaceleração "será muito mais acentuada em 2020 do que em 2019, de acordo com os dados que temos", acrescentou. O FMI já analisou o crescimento dos Estados Unidos para o próximo ano (a 2,5% contra os 2,9% previstos para 2018).
"Para o resto do mundo, parece que o balão está se esvaziando, o que acabará afetando os Estados Unidos", alertou, apontando dados econômicos mais fracos do que o esperado na Ásia e na Europa no terceiro trimestre.
Obstfeld, que deixará a instituição em Washington e será substituído por Gita Gopinath, professora de Harvard, lamentou as disputas comerciais que ameaçam o crescimento global.
No entanto, ele rejeitou a possibilidade de retornar a um tempo similar à Grande Depressão, "quando o comércio entrou em colapso sob a pressão de restrições comerciais".
"Acredito que as tensões atuais são potencialmente prejudiciais porque o investimento e a produção em escala global estão relacionados ao comércio, mas isso não deve levar a um colapso como aconteceu nos anos 1930", disse ele.
"Antecipamos há algum tempo que o crescimento (nos Estados Unidos) diminuirá progressivamente em 2019 em comparação com este ano", conforme o estímulo fiscal e orçamentário do Trump for perdendo força, disse Maurice Obstfeld durante uma entrevista com o Wall Street Journal e o Financial Times, alguns dias antes de deixar o Fundo Monetário Internacional (FMI).
A desaceleração "será muito mais acentuada em 2020 do que em 2019, de acordo com os dados que temos", acrescentou. O FMI já analisou o crescimento dos Estados Unidos para o próximo ano (a 2,5% contra os 2,9% previstos para 2018).
"Para o resto do mundo, parece que o balão está se esvaziando, o que acabará afetando os Estados Unidos", alertou, apontando dados econômicos mais fracos do que o esperado na Ásia e na Europa no terceiro trimestre.
Obstfeld, que deixará a instituição em Washington e será substituído por Gita Gopinath, professora de Harvard, lamentou as disputas comerciais que ameaçam o crescimento global.
No entanto, ele rejeitou a possibilidade de retornar a um tempo similar à Grande Depressão, "quando o comércio entrou em colapso sob a pressão de restrições comerciais".
"Acredito que as tensões atuais são potencialmente prejudiciais porque o investimento e a produção em escala global estão relacionados ao comércio, mas isso não deve levar a um colapso como aconteceu nos anos 1930", disse ele.
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