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Trump defende sua fundação e acusa procuradores de NY de parcialidade

19/12/2018 15h50

Nova York, 19 dez 2018 (AFP) - Donald Trump acusou de parcialidade, nesta quarta-feira (19), os procuradores democratas de Nova York que iniciaram um processo judicial contra a sua fundação.

Enquanto a Trump Foundation, acusada de peculato, aceitou ser dissolvida sob supervisão judicial, o presidente americano declarou em uma série de tuítes que ele mesmo desejava acabar com a organização para "evitar qualquer conflito com a política".

Ao mesmo tempo, acusou os procuradores e o governador democrata do estado de Nova York de atacá-lo "injustamente", "para variar".

"A Trump Foundation fez um excelente trabalho e deu muito dinheiro, meu e de outros, a excelentes instituições de caridade. Não recebi NENHUMA comissão, nenhuma renda ou salário... Agora, para variar, estou sendo atingido pelo (governador Andrew) Cuomo e os democratas em um longo processo judicial...", escreveu o presidente.

Trump voltou a denunciar as motivações políticas do ex-procurador democrata de Nova York Eric Schneiderman, que lançou a investigação antes de ser forçado a renunciar por acusações de violência sexual.

Schneiderman atacou a fundação "fechando os olhos para a corrupta Fundação Clinton", denunciou.

A procuradora-geral do estado, Barbara Underwood, informou na terça-feira que a Trump Foundation, alvo de um processo judicial em junho, havia concordado em se dissolver sob supervisão judicial, como exigido pela justiça.

O processo, que continuará apesar da decisão de dissolver a entidade, reclama milhões de dólares em indenizações e multas, enquanto tenta proibir Trump, seus filhos Eric e Don Jr., e sua filha Ivanka, de fazer parte dos conselhos de outras instituições de caridade em Nova York.

O processo pintou um quadro de uso indevido durante anos dos recursos da fundação com poucos funcionários.

Os supostos abusos incluíram contribuir com dinheiro para uma campanha política da Flórida; promover os hotéis da marca Trump; resolver um processo em 2007 entre a cidade de Palm Beach e o resort Mar-a-Lago de Trump; solucionar outro processo movido por um golfista que participou de um evento de caridade patrocinado por Trump em 2012 e cobre despesas pessoais, incluindo a compra de um retrato que foi exibido em um de seus clubes de golfe.

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