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Boeing reporta a maior perda trimestral de sua história

24/07/2019 10h32

Nova York, 24 Jul 2019 (AFP) - A fabricante de aeronaves Boeing anunciou nesta quarta-feira uma perda líquida de US $ 2,94 bilhões no segundo trimestre devido a problemas com seu avião 737 MAX, forçado a permanecer em terra por quatro meses após dois acidentes que deixaram 346 mortos.

Este é o maior prejuízo trimestral registrado pela gigante aeronáutica americana, que também anunciou um atraso no cronograma previsto para os primeiros voos de seu 777X, uma nova aeronave de longo percurso atualmente em desenvolvimento.

Em comparação, a Boeing faturou US$ 2,2 bilhões no segundo trimestre de 2018, e sua maior perda em três meses até o momento foi de US$ 1,6 bilhão, registrada entre maio e junho de 2009.

A receita de vendas despencou 35%, a 15,750 bilhões de dólares, devido à suspensão das entregas do modelo 737 MAX.

As entregas passaram de 194 unidades desse modelo no segundo trimestre de 2018 para 90 no mesmo período deste ano.

As companhias aéreas pagam um depósito no momento de fazer um pedido com a Boeing e o restante quando o aparelho é entregue.

As perdas recordes não surpreenderam depois que o grupo informou na semana passada que uma quantia de US$5,6 bilhões foi reservada em suas contas trimestrais para indenizar as companhias aéreas que tiveram que cancelar milhares de voos em todo o mundo.

Esta quantia de vários milhões de dólares não inclui a indenização para as famílias das vítimas dos dois acidentes, que já começaram a abrir processos legais, ou as possíveis multas das autoridades americanas que estão investigando o desenvolvimento do 737 MAX.

A empresa também informou que atrasará até o início de 2020 o primeiro voo teste de sua nova aeronave de longa distância, o 777X, um substituto para o 777, devido a problemas com o motor GE9X da General Electric.

jmb/dw/lda/cn

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