Restrições à exportação de material médico podem ser prejudiciais, dizem FMI e OMC
Washington, 24 Abr 2020 (AFP) - O Fundo Monetário Internacional (FMI) e a Organização Mundial do Comércio (OMC) destacaram a preocupação com as "restrições à exportação e outras ações que limitam o comércio de material médico" e alertaram que essas medidas podem ser "perigosamente contraproducentes" e "prejudiciais" em uma crise global.
"Estamos preocupados com interrupções no fornecimento devido ao crescente uso de restrições à exportação e outras ações que limitam o comércio de suprimentos médicos fundamentais e de comida", disseram as organizações em comunicado conjunto.
A OMC afirmou que, de acordo com suas regras, restrições temporárias são permitidas para "prevenir ou aliviar a escassez" nos países exportadores.
As instituições explicaram que, quando essas medidas são tomadas coletivamente, podem ser "perigosamente contraproducentes" e que algo que faz sentido em uma emergência isolada pode ser muito "prejudicial" em uma crise global.
"Pedimos aos governos que sejam cautelosos ao implementar esses tipos de medidas nas circunstâncias atuais", enfatizaram as organizações.
Em todo o mundo, o vírus deixou mais de 190.000 mortos e 2.700.000 casos confirmados.
"O resultado é um prolongamento e uma exacerbação da crise de saúde e econômica", disseram, observando que os efeitos mais graves provavelmente serão sentidos nos países mais pobres e vulneráveis.
As organizações apontaram que no ano passado as importações de bens essenciais no combate ao coronavírus, como máscaras, luvas e desinfetantes, totalizaram US$ 300 bilhões.
"O comércio disponibilizou produtos médicos de ponta em todo o mundo a preços competitivos".
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