Pandemia pode empurrar 60 milhões para a extrema pobreza, diz Banco Mundial
Washington, 19 Mai 2020 (AFP) - O chefe do Banco Mundial alertou nesta terça-feira (19) que a crise do coronavírus ameaça levar cerca de 60 milhões de pessoas à extrema pobreza, pondo a perder os avanços obtidos nos últimos três anos.
A instituição global de empréstimos já está financiando programas de ajuda em 100 países, como parte de seu compromisso de investir US$ 160 bilhões nos próximos 15 meses, disse o presidente do banco, David Malpass.
Malpass afirmou que o banco prevê uma contração de 5% na economia mundial este ano, com efeitos graves nos países mais pobres.
"Nossa estimativa é de que até 60 milhões de pessoas serão levadas à extrema pobreza, apagando todo o progresso alcançado no alívio da pobreza nos últimos três anos, e nossas previsões indicam uma profunda recessão", disse Malpass.
Quase cinco milhões de pessoas foram infectadas pelo vírus em todo o mundo e mais de 300.000 morreram desde que a doença apareceu na China, no final de 2019.
Até o momento, o Banco Mundial gastou US$ 5,5 bilhões para reforçar sistemas de saúde, economias e serviços sociais em países pobres.
Mas Malpass enfatizou que os esforços do Banco Mundial por si só eram insuficientes e instou os países doadores a intensificarem a ajuda bilateral aos mais pobres para garantir uma recuperação duradoura.
Para ele, restaurar o fluxo de pagamentos e o turismo - principais fontes de renda para os países em desenvolvimento - serão "etapas críticas na reabertura".
Uma moratória de um ano sobre pagamentos de dívidas de países menos desenvolvidos - exigida pelo G-20 em meados de abril - alcançou uma aceitação crescente, observou ele.
Segundo Malpass, 14 países concordaram com tal suspensão dos pagamentos da dívida, outros 23 devem solicitá-la e 17 estavam a considerando seriamente.
"Essa é uma resposta muito bem-vinda, muito rápida e positiva ao compromisso dos países do G-20", afirmou.
dt-jm/sst/jc/mvv
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