Chefe do FMI apoia plano de estímulo de Biden para a economia dos EUA
Washington, 5 Fev 2021 (AFP) - A diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva, afirmou nesta sexta-feira (5) que apoia o substancial plano de estímulo de 1,9 trilhão de dólares promovido pelo presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, para aliviar a crise causada pela pandemia em seu país.
"Os Estados Unidos têm espaço fiscal para tomar medidas adicionais de alívio e apoio", disse ela a repórteres, indicando que considera "apropriado" usar esta ferramenta "dado o grau excepcional de incerteza e o fato de que ainda há muito sofrimento para as famílias e as empresas".
Georgieva expressou apoio aos principais elementos que compõem o plano, incluindo um fundo para vacinas, testes diagnósticos, bem como assistência alimentar e créditos de imposto de renda para trabalhadores de baixa renda.
"O FMI tem apoiado muito o uso de mais créditos de imposto de renda registrados e créditos reembolsáveis para creches", afirmou a diretora da entidade em um evento virtual com jornalistas.
Biden prometeu nesta sexta-feira que "agirá rapidamente" para que o Congresso aprove um plano de estímulo com ajuda aos governos estaduais e locais, que tem apoio popular, mas enfrenta oposição dos congressistas republicanos.
"É evidente que há necessidade de apoiar governos e estados locais", disse Georgieva, que argumentou que uma recuperação nos Estados Unidos beneficiaria a economia global e que os gastos de Washington em áreas como educação servem como um "sinal" para o resto do mundo.
Georgieva concordou que é preciso estar atento a riscos como o aumento da dívida pública, mas elogiou a secretária do Tesouro, Janet Yellen, como garantia nesse sentido.
"Temos a melhor secretária do Tesouro possível para monitorar os riscos potenciais à estabilidade financeira", afirmou.
Dt/lo/hs/cs/an/mls/ic/am
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