Petróleo fecha em queda apesar da redução de reservas nos EUA
Os preços do petróleo recuaram nesta quinta-feira (18), pondo fim a três sessões de alta, apesar de uma queda maior do que o esperado nas reservas de cru nos Estados Unidos.
O barril de Brent do Mar do Norte para entrega em abril caiu 0,64% em Londres, a 63,93 dólares. No entanto, alcançou 65,52 dólares durante a sessão, um valor que não se via desde janeiro de 2020.
O barril de WTI para entrega no mês de março perdeu 1,01% a 60,52 dólares. Durante o dia, alcançou 62,26 dólares pela primeira vez em mais de um ano.
Os preços dos dois barris de referência se valorizaram quase 25% desde o começo do ano.
Segundo cifras publicadas na quinta-feira pela Agência de Informação Energética dos Estados Unidos (EIA), as reservas comerciais de petróleo cru nos Estados Unidos caíram na semana passada em 7,3 milhões de barris (MB).
Foi a quarta semana consecutiva de queda e superou as expectativas de analistas, que tinham previsto uma redução de 2,2 MB.
"Embora o último relatório da EIA seja de natureza otimista para os preços, o WTI está lutando para superar seu recente máximo de 62 dólares por barril", disse Bart Melek, da TD Securities.
"Se um barril de WTI acima de 62 dólares (US$ 65 para o Brent) é possível, estes aumentos adicionais podem não durar com a alta da oferta mundial a partir de abril, quando os sauditas produzirão o 'equivalente a um milhão de barris por dia'", explicou o especialista.
Como parte de um acordo com seus sócios da OPEP+, a Arábia Saudita se apega às cotas de produção para não inundar um mercado afetado pelo impacto da pandemia.
A onda de frio que afeta parte dos Estados Unidos, inclusive o Texas, o centro energético do país, também contribuiu para aumentar os preços nas últimas sessões porque corria-se o risco de interrupções na produção.
Mas os especialistas coincidem em que isto é temporário. Para Bart Melek, tudo indica que "é provável que o WTI e o Brent sejam cotados 5 dólares abaixo de seus máximos recentes" em um futuro próximo.
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