WeChat e AliExpress listados por vender falsificações nos EUA
Washington, 17 Fev 2022 (AFP) - O WeChat, a rede social dominante na China, e a gigante do varejo online AliExpress entraram pela primeira vez na lista dos Estados Unidos de empresas "conhecidas" por vender falsificações e infringir direitos de propriedade intelectual.
No ano passado, os Estados Unidos listaram "42 grupos comércios online e 35 físicos que podem estar participando ou facilitando a falsificação significativa de marcas registradas ou pirataria de direitos autorais", disse nesta quinta-feira (17) o escritório da Representante Comercial dos EUA (USTR), chefiado por Katherine Tai.
A lista, que o USTR publica desde 2011, inclui pela primeira vez o AliExpress (Grupo Alibaba) e a plataforma de mensagens WeChat, "dois grandes grupos comerciais online baseados na China", disse em comunicado.
A aparição nesta lista não implica multas, mas mancha a reputação dos sites ou países apontados.
"A China é o principal país de origem de produtos falsificados apreendidos pela Alfândega e Proteção de fronteiras dos Estados Unidos", observaram os autores do relatório.
No relatório, denunciam que o gigante asiático produz "o maior número de bens fabricados com trabalho forçado (ilegal), incluindo trabalho forçado organizado pelo Estado" e trabalho infantil.
"O comércio mundial de produtos falsificados e piratas prejudica a inovação e a criatividade dos Estados Unidos e fere os trabalhadores americanos", reagiu Katherine Tai, citada no comunicado da entidade.
Este comércio aumenta "a vulnerabilidade dos trabalhadores envolvidos" e os produtos também podem trazer riscos para a saúde e segurança dos consumidores, sublinha o relatório, que menciona os equipamentos de proteção contra a covid-19 "fabricados em condições não estéreis, incluindo oficinas clandestinas".
Também na China, as empresas de comércio online Baidu Wangpan, DHGate, Pinduoduo e Taobao permanecem na lista, assim como nove outros mercados físicos.
Junto com a venda de perfumes e roupas falsificadas em lojas ou de forma clandestina, o USTR destaca uma tática "cada vez mais popular" de usar "links ocultos" que se conectam a catálogos de produtos falsificados em galerias de imagens ou arquivos.
Quanto aos países da América Latina, em comparação com o último relatório, o USTR acrescentou a Avenida Avellaneda, um local em Buenos Aires onde "as vendas de ambulantes ou 'manteros' aumentaram significativamente desde meados de 2021".
Em uma nota mais positiva, o USTR excluiu de sua lista o equatoriano Bahía Market, em Guayaquil, e Polvos Azules, em Lima, e destaca os esforços antifalsificação no Brasil, Tailândia e Emirados Árabes Unidos.
Dt-hs-erl/vmt/cm/llu/ap/mvv
Alibaba
BAIDU
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