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Ucrânia poderia influenciar ritmo de aumento dos juros nos EUA, diz integrante do Fed

24/02/2022 17h25

Washington, 24 Fev 2022 (AFP) - A situação na Ucrânia se soma aos "riscos e incertezas" que rondam a economia americana, disse nesta quinta-feira (24) uma integrante do Federal Reserve (Fed), o banco central dos Estados Unidos, que assinalou que a evolução do conflito poderia afetar o ritmo da redução dos incentivos.

"Os riscos e incertezas rodeiam as perspectivas" da economia dos Estados Unidos, "inclusive os gerados pelos eventos geopolíticos que estão em desenvolvimento", afirmou Loretta Mester, presidente do escritório regional do Fed em Cleveland, durante um discurso online em evento da Universidade de Delaware.

"As implicações da evolução da situação na Ucrânia para o panorama econômico a médio prazo dos Estados Unidos também serão consideradas para determinar o ritmo adequado para a retirada de incentivos", acrescentou.

Diante de uma inflação que bateu o recorde dos últimos 40 anos e que agora ameaça a economia, o Fed se prepara para elevar as taxas de juros de referência em sua próxima reunião, nos dias 15 e 16 de março.

Desde março de 2020, as taxas estão na faixa entre 0% e 0,25%. A pregunta agora é se subirão para 0,25-0,50% ou para 0,50-0,75%, o que seria um aumento bastante incomum.

O ritmo "deverá ter base em dados", disse Mester, que também mencionou a redução do balanço do Fed, inflado por dois anos de compras de ativos que permitiram que a economia continuasse funcionando e as taxas se mantivessem baixas.

"Com quase 9 bilhões de dólares em ativos, o balanço do Fed agora é quase o dobro do que era antes da pandemia", disse a funcionária, ao lembrar que a última vez que a instituição empreendeu um processo de redução do mesmo ocorreu depois da crise de 2008-2009.

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