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Administradora do gasoduto Nord Stream 2 apresenta pedido de falência

Estação de recebimento de gás do gasoduto Nord Stream 2, em Mecklemburgo-Pomerânia Ocidental, Lubmin, Alemanha - Stefan Sauer/picture aliança via Getty Images
Estação de recebimento de gás do gasoduto Nord Stream 2, em Mecklemburgo-Pomerânia Ocidental, Lubmin, Alemanha Imagem: Stefan Sauer/picture aliança via Getty Images

01/03/2022 18h02Atualizada em 01/03/2022 18h02

A companhia russo-alemã Nord Stream 2 se declarou "insolvente" depois que a Alemanha suspendeu a certificação do gasoduto em retaliação à invasão da Rússia na Ucrânia.

A empresa apresentou um pedido de quebra e demitiu seus 106 funcionários, disse nesta terça-feira (1º) o diretor econômico da comuna suíça de Zug, onde ela tem sua sede.

"Fomos informados hoje que esta empresa não poderia continuar", disse a autoridade, Thalman-Gut. A Nord Stream 2 não conseguiu apresentar um plano social "porque está insolvente", acrescentou.

A construção deste gasoduto foi defendida durante anos pela ex-chefe do governo alemão Angela Merkel, apesar das pressões dos Estados Unidos, que o via como um meio do presidente russo, Vladimir Putin, exercer chantagem energética sobre a principal potência econômica europeia.

As manobras de preparação para a invasão da Ucrânia e sua concretização na semana passada selaram por fim o destino deste gasoduto, que estava pronto para entrar em operação, com capacidade de transporte de 55 bilhões de metros cúbicos de gás por ano.

A Alemanha anunciou no início da semana passada a suspensão desta obra faraônica com a qual esperava realizar sua transição energética.

E na quarta-feira, quando as tropas russas se preparavam claramente para atacar, o presidente dos EUA, Joe Biden, anunciou que imporia sanções ao gasoduto e seus administradores.

A empresa-mãe da Nord Stream é a gigante russa do setor energético Gazprom.