Sánchez e Macron discutem 'soluções' para limitar preços da energia na UE
O chefe do governo espanhol, Pedro Sánchez, se reuniu, nesta segunda-feira (21), com o presidente francês, Emmanuel Macron, em sua viagem europeia para encontrar "soluções" para a alta dos preços da energia na União Europeia (UE).
"A Espanha está firmemente comprometida com a busca de soluções europeias que nos protejam das consequências da guerra", na Ucrânia, disse Macron à imprensa, ao receber Sánchez no Palácio do Eliseu três dias antes de uma cúpula da UE.
O objetivo é "convergir soluções eficazes para limitar o aumento dos preços do gás, o impacto no preço da eletricidade, dispor de soluções de armazenamento comuns na Europa e diversificar nossos fornecedores", acrescentou.
A Espanha realiza há semanas uma ofensiva a nível europeu para limitar o encarecimento da eletricidade, que afeta principalmente os seus cidadãos e propõe "desacoplar" o seu preço do preço do gás na UE.
A quarta maior economia do bloco se apresenta também como alternativa ao gás russo, ao dispor, entre outros, de seis terminais que permitem regasificar e armazenar gás natural liquefeito, mas denuncia a falta de inter-conexões com o resto do bloco.
Durante uma cúpula em Versalhes há dez dias, os líderes dos 27 países da União Europeia se comprometeram a reduzir sua dependência dos hidrocarbonetos russos e encarregaram a Comissão Europeia de apresentar um plano para o final de maio.
Antes de se reunir com Macron, Sanchéz expressou sua confiança em que "a Comissão Europeia poderá encontrar uma resposta equilibrada, que (...) permita a todos os países poderem responder em função de qual seja a gravidade da situação".
Diante da cúpula desta semana, o presidente do governo espanhol já se reuniu com vários dos seus homólogos europeus, entre eles os da Itália, da Grécia e de Portugal. Nesta segunda, o fará também com seu homólogo belga, Alexander De Croo e com o chefe do Conselho Europeu, Charles Michel, em Bruxelas.
A reunião dos líderes da UE, dedicada à energia e à Ucrânia, estará precedida de uma reunião da Otan na quinta pela manhã. Nesse mesmo dia, os dirigentes das potências do G7 também se reúnem em Bruxelas.
O presidente americano Joe Biden participará das três reuniões, em um momento de máxima tensão com a Rússia por sua invasão na Ucrânia.
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