FMI terá novo instrumento para ajudar países pobres ou vulneráveis
Washington, 14 Abr 2022 (AFP) - O Fundo Monetário Internacional (FMI) terá, a partir de 1º de maio, um instrumento adicional para ajudar os países pobres ou vulneráveis com uma meta de recursos de "pelo menos 45 bilhões de dólares", anunciou a instituição em comunicado na quarta-feira (13).
"O conselho de administração do FMI aprovou hoje a criação de um novo Fundo Fiduciário de Resiliência e Sustentabilidade (RST) que entrará em vigor em 1º de maio de 2022", segundo a diretora-geral do FMI, Kristalina Georgieva, citada no texto.
Este fundo deve "ajudar países de baixa renda e países vulneráveis de renda média a enfrentar desafios estruturais de longo prazo que representam riscos macroeconômicos, incluindo mudanças climáticas e pandemias", enfatizou Georgieva.
Representará "o terceiro pilar da caixa de ferramentas de empréstimos do FMI", juntando-se ao Fundo Fiduciário para o Crescimento e Redução da Pobreza e a Conta Geral de Recursos.
Além disso, "ampliará o impacto da alocação de 650 bilhões de dólares em SDR (direitos especiais de saque, ndlr), estabelecido no ano passado, canalizando os recursos dos membros economicamente mais fortes para os países onde as necessidades são maiores".
Em agosto do ano passado, o FMI aprovou um aumento das reservas de seus países membros no valor de 650 bilhões de dólares para aumentar a liquidez dos países mais vulneráveis através de uma nova alocação geral de SDRs, a mais alta da história da instituição.
Especificamente, este novo fundo "vai fornecer apoio político e financiamento acessível a longo prazo - com maturidade de 20 anos e um período de carência de 10 anos e meio - para ajudar a fortalecer a resiliência contra riscos de longo prazo para a sustentabilidade do equilíbrio de pagamentos", indicou o FMI, especificando que três quartos dos países membros serão elegíveis para financiamento através deste novo mecanismo.
"As reformas apoiadas pelo Fundo visam também catalisar o aumento do financiamento do setor privado, doadores e outras instituições financeiras internacionais", sublinhou Georgieva, destacando que "a estreita colaboração com o Banco Mundial e outras instituições financeiras internacionais será essencial para o sucesso" do novo dispositivo.
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