Fed inicia reunião para decidir sobre alta dos juros
O Federal Reserve (Fed, banco central americano) iniciou, nesta terça-feira (31), sua primeira reunião de política monetária do ano, e o mercado espera que a entidade eleve suas taxas de juros em um quarto de ponto depois de sinais de desaquecimento da economia americana.
A reunião do Comitê de Política Monetária (FOMC, na sigla em inglês) "começou às 10h locais (12h de Brasília), como estava previsto", informou à AFP um porta-voz do banco central americano.
O encontro vai terminar ao meio-dia de quarta-feira e o mercado aposta em que o FOMC irá aumentar pela sétima vez consecutiva suas taxas básicas de juros, que atualmente se situam em um nível entre 4,25% e 4,50%.
Depois de vários aumentos importantes, de três quartos de ponto percentual e de meio ponto percentual recentemente, o Fed deveria retornar a um aumento menor e habitual em sua política de ajuste, de 25 pontos-base, estimam os analistas.
Elevar as taxas básicas de juros em um quarto de ponto é "prudente, considerando a moderação da inflação" e "os números frágeis da atividade" econômica, resumiu Steve Englander, encarregado de macroeconomia dos Estados Unidos na Standard Chartered e ex-economista do Fed, em nota de análise.
"Acredito que é tempo de reduzir o ritmo (dos aumentos dos juros), sem detê-lo", disse em 20 de janeiro Christopher Waller, um dos governadores do Fed.
O aumento das taxas de juros encarece o crédito e, com isso, desestimula o consumo e os investimentos, que pressionam a alta dos preços.
A decisão do Fed será anunciada em um comunicado nesta quarta-feira às 14h locais (16h de Brasília) e depois o presidente da entidade, Jerome Powell, dará uma coletiva de imprensa.
A inflação em dezembro nos Estados Unidos bateu 5% em 12 meses frente a 5,5% no ano móvel encerrado em novembro, segundo o índice PCE, o mais seguido pelo Fed.
O organismo tem como meta uma inflação de 2%, considerada saudável para a economia.
O Fed tenta conter a inflação, sem desestimular o consumo ou fragilizar o mercado de trabalho a um ponto em que haja risco de recessão.
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© Agence France-Presse
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