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Duas empresas ganham com a maior desvalorização cambial do mundo

Danilo Verpa/Folhapress
Imagem: Danilo Verpa/Folhapress

Gerson Freitas Jr.

02/09/2015 13h12

(Bloomberg) -- O derretimento do real em relação ao dólar está impulsionando as ações da Fibria (FIBR3) e da Suzano (SUZB5), as duas maiores fabricantes de celulose do país.

As fabricantes da matéria-prima para a produção do papel acumulam valorização de pelo menos 13%, em dólares, em 2015. São as únicas ganhadoras do Ibovespa, o principal índice da Bolsa brasileira, que caiu 34%, em dólares, no mesmo período.

Com a queda de 28% do real no ano, a maior entre as 16 principais moedas do mundo, Fibria e Suzano estão faturando mais com suas exportações. Além disso, com a demanda mais forte da Ásia e a redução da oferta na América do Norte e na Europa, os preços em dólar da celulose estão subindo e já se encontram no maior patamar em dois anos.

Desse modo, as fabricantes de celulose se tornaram um porto seguro para investidores no momento em que a maior economia da América Latina caminha para a recessão mais longa desde os anos 1930.

"Fibria e a Suzano estão tirando proveito de uma forte combinação de fatores positivos em tempos difíceis", afirma Alan Glezer, analista do Bradesco BBI, de São Paulo.

Cada 10% de desvalorização do real representa um acréscimo de aproximadamente R$ 800 milhões aos lucros anuais da Fibria antes de juros, impostos, depreciação e amortização, segundo o diretor financeiro da empresa, Guilherme Cavalcanti.

Cultivo de eucalipto fornece 81,2% da demanda de papel e celulose