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Cinco coisas que vão dar o que falar hoje

Lorcan Roche Kelly

14/01/2016 12h27

(Bloomberg) - As ações chinesas se estabilizaram, as bolsas europeias despencaram e o Banco da Inglaterra provavelmente não modificará suas taxas de juros. Eis alguns dos assuntos que vão dar o que falar nos mercados nesta manhã.

Ações da China

O Shanghai Composite Index encerrou com alta de 2 por cento uma sessão onde o indicador do mercado caiu brevemente para menos que o valor de encerramento mais baixo registrado em agosto. O rali foi encabeçado por um grupo de empresas menores que prometeu agir para estabilizar o mercado. Fora os giros recentes nas ações e na moeda do país, agora as preocupações com a forma que as autoridades chinesas vão lidar com a ressaca provocada pela enorme expansão da dívida do país desde 2008 são cada vez maiores.

Queda das ações europeias

O Europe Stoxx 600 ignorou o rali na China e registrava um declínio de 2,8 por cento às 10h40, horário de Londres, pois refletia a queda das ações americanas no final do dia. A reversão ocorrida nesta manhã, que apagou dois dias de ganhos, implica que o rali de alívio que alguns investidores tinham projetado ainda não se materializou para os mercados europeus. As ações da Renault também chegaram a cair 20 por cento em Paris depois que uma matéria da AFP vinculou a fabricante de veículos a uma investigação sobre normas de emissões.

Decisão do Banco de Inglaterra

O Banco da Inglaterra anunciará sua decisão de - conforme sugerem todos os indicadores - não alterar as taxas de juros às 12 horas, horário de Londres. Nenhum dos 45 analistas em uma pesquisa da Bloomberg projeta que o banco as modifique. A libra esterlina atingiu a cotação mais baixa em um ano frente ao euro nesta manhã e era negociada a US$ 1,4374 às 11h15, horário de Londres. O Banco Central Europeu publicará um relato da reunião de política econômica de dezembro, em que Mario Draghi apresentou um pacote de medidas de flexibilização, às 12h30, horário de Londres.

Dólar de Hong Kong

Após as dúvidas da semana passada sobre a capacidade da Arábia Saudita de manter sua ligação cambial ao dólar, as atenções se voltaram para a ligação do dólar de Hong Kong, vigente há 32 anos. A moeda chegou a cair 0,32 por cento - a maior perda intradiária desde outubro de 2003 - e ficou em 7,785 por dólar americano, a cotação mais baixa em quatro anos. Os preços de opções indicam uma chance de 27 por cento de que ela se desvalorize além da faixa permitida por volta do fim do ano

Cenas do próximo capítulo

Às 8h30, horário de Nova York, os novos números de pedidos de seguro desemprego continuarão. Os economistas projetam um pequeno declínio, dos 277.000 da semana passada para 275.000. A temporada de relatórios de lucros continua com o JPMorgan Chase Co., que publica hoje de manhã cedo, e os da Intel Corp., que deve informá-los depois do encerramento.