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Cinco coisas que vão dar o que falar hoje

Lorcan Roche Kelly

19/01/2016 11h19

(Bloomberg) - A China registrou o crescimento trimestral mais fraco desde 2009, a AIE disse que o mundo está se afogando em petróleo e as ações subiram. Eis alguns dos assuntos que vão dar o que falar nos mercados nesta manhã.

PIB da China

O crescimento do PIB chinês no quarto trimestre de 2015 desacelerou para 6,8 por cento em relação ao ano anterior, a taxa mais fraca desde 2009. Pela primeira vez na história, os serviços responderam pela maior parte da economia, pois cresceram para 50,5 por cento. A desaceleração do crescimento e os dados decepcionantes sobre a produção industrial aumentaram as expectativas de que haja mais estímulo e provocaram o maior rali das ações da China em dois meses.

Afogando-se em petróleo

A Agência Internacional de Energia advertiu que os mercados globais de petróleo poderiam "se afogar no excesso de oferta" e reduzir ainda mais os preços. Como se as notícias ruins para os grandes produtores de petróleo fossem poucas, agora eles têm que se preocupar com as margens de refino, que estão começando a sofrer o aperto. Nesta manhã, o FMI reduziu a perspectiva de crescimento para a Arábia Saudita em 2016, de uma previsão anterior de 2,2 por cento para 1,2 por cento.

Ações em alta

Depois do rali ocorrido pela noite na Ásia, as bolsas europeias sobem no trading desta manhã. O Europe Stoxx 600 registrava uma alta de 2,1 por cento por volta das 11h05, horário de Londres. Os futuros do S&P 500 também indicam uma alta depois do feriado de ontem nos mercados americanos, sendo que os contratos para março registravam uma alta de 1,6 por cento, para 1.901,5 pontos às 11h20 em Londres.

Recuperação das commodities

As previsões pessimistas para o mercado de petróleo não estão se refletindo nos movimentos dos preços nesta manhã, já que o Brent e o WTI estão em alta. Os futuros do Brent eram negociados a US$ 29,87 por barril às 11h17, horário de Londres, um aumento de US$ 1,34, e o WTI estava a US$ 29,94, um avanço de 52 centavos de dólar. Os metais industriais, que ultimamente têm estado sob pressão, tiveram certo alívio. O cobre registrou o maior aumento em um mês e o Bloomberg Commodity Index ganhou 1,2 por cento. O ouro caiu.

Títulos do Tesouro em queda

Os títulos do Tesouro dos EUA caíram e a nota de referência com vencimento em dez anos está prestes a sofrer o primeiro declínio em cinco sessões por causa da diminuição das apostas em reservas de valor. Os analistas estão advertindo que este não é o começo de uma queda forte e Hideaki Kuriki, da Sumitomo Mitsui Trust, disse que os yields dos títulos do Tesouro dos EUA poderiam ficar em menos de 2 por cento durante os próximos três a cinco anos. Enquanto isso, os reguladores nos EUA estão tomando medidas para aumentar a supervisão do trading de títulos do Tesouro do país em resposta às reclamações de traders e funcionários do governo pela falta de claridade do mercado.

Título em inglês: 'Five Things Everyone Will Be Talking About Today'

Para entrar em contato com o autor:

Lorcan Roche Kelly, em Dublin, lrochekelly@bloomberg.net