Credores da Sete Brasil recebem R$ 2,7 bi do fundo naval, diz fonte
(Bloomberg) -- Um grupo de credores da Sete Brasil Participações, incluindo o Banco do Brasil e o Itaú, recebeu R$ 2,68 bilhões (US$ 670 milhões) do Fundo de Investimento Caixa Garantia Construção Naval Multimercado Crédito Privado e em breve deverá resgatar os R$ 1,58 bilhão restantes do patrimônio do fundo, segundo uma pessoa com conhecimento da operação.
Os credores sacaram o dinheiro do fundo, que foi criado com ativos da União em 2008, porque a Sete Brasil não foi capaz de honrar a dívida de US$ 3,8 bilhões com o grupo de credores, disse a pessoa, que pediu para não ser identificada porque a negociação é privada. Dados da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) mostram que o fundo teve um resgate de R$ 2,11 bilhões em 10 de fevereiro e outro de R$ 566,5 milhões em 12 de fevereiro.
O grupo de seis credores em breve sacará o saldo restante para cobrir parte da dívida da Sete, disse a pessoa. O fundo, que foi criado para garantir financiamentos para construção de sondas e navios no Brasil, possuía cerca de R$ 1,58 bilhão em ativos em 12 de fevereiro, mostram dados da CVM. Ao sacar o dinheiro, os bancos estão, em essência, transferindo o ônus da coleta da dívida ao fundo naval, que é operado pela Caixa Econômica Federal, disse a pessoa.
Bradesco, Santander Brasil, Caixa e FI-FGTS estão entre os demais credores da Sete Brasil que se beneficiam com o movimento. A Sete Brasil havia planejado construir a maior frota de navios-sonda de águas profundas do mundo para a Petrobras antes de a estatal e a operadora de sondas serem envolvidas no maior escândalo de corrupção da história do Brasil.
Representantes do Itaú, Bradesco, Banco do Brasil, Santander, Sete Brasil e FI-FGTS não quiseram comentar. A Caixa preferiu não comentar, dizendo que a transação é protegida por sigilo bancário.
No mês passado, os acionistas da Sete Brasil, incluindo o Grupo BTG Pactual e o Santander, discutiram um plano para que a construtora de sondas entrasse com um pedido de recuperação judicial, disse a pessoa. Em vez disso, os credores concordaram em renovar um standstill por mais quatro meses em troca do acesso ao fundo naval, segundo a pessoa.
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