Como Jamie Dimon poderia ganhar mais US$ 10 mi no bônus de 2015
(Bloomberg) - Para que o CEO do JPMorgan Chase Co., Jamie Dimon, ganhe sua bonificação por desempenho, ele precisa garantir que a empresa não fique entre as cinco últimas colocadas no ranking dos 12 maiores bancos. Se ele se sair melhor que isso, a bonificação dele poderia dar um salto de mais de US$ 10 milhões.
O conselho do JPMorgan reformulou a remuneração de Dimon em resposta aos acionistas e assessores de votos que queriam metas concretas para os executivos do banco, com sede em Nova York.
Se o retorno futuro da empresa sobre o patrimônio comum tangível se comparar favoravelmente ao das concorrentes, ele pode ganhar até 150 por cento de sua bonificação por desempenho relativa a 2015, de US$ 20,5 milhões, disse o banco na terça-feira em um documento que descreve como funciona o novo sistema.
O grupo de pares inclui concorrentes de alto desempenho, como o Wells Fargo Co., o banco mais valioso do mundo, e companhias europeias que estão em dificuldades, como o Deutsche Bank, que caiu 32 por cento neste ano.
Uma tabela mostra que, para retornos entre 6 por cento e 14 por cento, os executivos são julgados conforme uma escala móvel em comparação com rivais. Se o JPMorgan ficar pelo menos em sétimo lugar durante um período de três anos, é provável que Dimon receba 100 por cento de sua bonificação por desempenho.
Uma colocação entre os três primeiros lugares rende uma remuneração de 150 por cento, o que transforma o prêmio relativo a 2015 em um pagamento de quase US$ 31 milhões.
Sob o comando de Dimon, que também é presidente do conselho, o JPMorgan informou lucros recordes em cinco dos últimos seis anos. O retorno da empresa sobre o patrimônio comum tangível foi de 13 por cento em 2014 e 2015, e de 15 por cento de 2010 a 2012, disse a empresa em uma apresentação na terça-feira.
O pacote total de remuneração de Dimon, que inclui um bônus de US$ 5 milhões em dinheiro e salário de US$ 1,5 milhão, foi avaliado em US$ 27 milhões para 2015, um aumento de 35 por cento em relação ao ano anterior.
Esse valor presume o pagamento de uma bonificação de 100 por cento. O CEO, de 59 anos, também corre o risco de não receber nenhum pagamento vinculado ao desempenho se os retornos forem inferiores a 6 por cento.
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