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Vale e Mosaic estão na disputa final por ativos da Anglo, dizem fontes

Brett Foley e Dinesh Nair

22/04/2016 10h52Atualizada em 22/04/2016 12h13

(Bloomberg) -- A Mosaic, maior produtora mundial de fertilizante fosfatado, e um grupo liderado pela Vale estão entre os interessados escolhidos para apresentar propostas finais para os negócios de nióbio e fosfato da Anglo American no Brasil, segundo pessoas informadas sobre o assunto.

A brasileira Vale está apresentando oferta junto com a empresa de aquisições Apollo Global Management, segundo as pessoas, que pediram anonimato porque os detalhes são privados. A Eurochem Group também foi selecionada para apresentar uma oferta final pelos ativos, que podem valer até US$ 1,5 bilhão, disseram as pessoas.

O CEO da Anglo, Mark Cutifani, disse em fevereiro que havia 16 candidatos para os ativos, que poderiam ser vendidos em maio. A mineradora com sede em Londres, que atualmente se concentra em diamantes, cobre e platina, colocou os negócios brasileiros à venda no ano passado como parte de um plano mais amplo para cortar custos e dívidas em meio à queda global dos preços das commodities.

Após registrar prejuízo de US$ 5,6 bilhões no ano passado, a Anglo está acelerando as vendas de ativos na área de produção de minério de ferro e carvão para levantar até US$ 4 bilhões neste ano. A empresa espera realizar 10 vendas de ativos até o fim do segundo trimestre, disse Cutifani em fevereiro.

A X2 Resources, empresa de private-equity fundada pelo ex-chefe da Xstrata Mick Davis, e a South32 também estavam considerando apresentar oferta pela divisão de nióbio e fosfato, disseram pessoas informadas sobre o processo em fevereiro.

Um porta-voz da Anglo disse que o processo de venda está avançando conforme o planejado, mas preferiu não fazer mais comentários. Porta-vozes da Eurochem e da Mosaic preferiram não comentar e representantes da Apollo e da Vale não responderam aos pedidos de comentário.

A Anglo está vendendo minas de carvão metalúrgico na Austrália, uma operação de níquel no Brasil e participações em seus ativos de produção de manganês na África do Sul e na Austrália, disse a empresa em fevereiro. No ano passado, a Anglo vendeu duas minas de cobre no Chile para um grupo de investidores liderado pela Audley Capital Advisors por US$ 300 milhões em pagamento à vista.