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México tem maior saída de dinheiro de ETFs focados em emergentes

Ben Bain

10/05/2016 16h29

(Bloomberg) -- A queda de US$ 1,3 bilhão da semana passada nos fundos negociados em bolsa focados nos mercados emergentes engoliu até mesmo o México, onde a temporada de balanços estelar foi ofuscada pela preocupação com a desaceleração do crescimento global.

Os traders retiraram US$ 155,2 milhões do principal fundo negociado em bolsa do país, o iShares MSCI Mexico Capped ETF, no período de cinco dias que terminou em 6 de maio, maior volume registrado entre os países em desenvolvimento depois da China, segundo dados compilados pela Bloomberg. O total de ativos do fundo encolheu 16 por cento no período, atingindo a maior baixa em dois meses, enquanto o total do iShares MSCI Brazil Capped ETF caiu 6,2 por cento. As perdas das ações mexicanas da semana passada foram aprofundadas, em dólares, pela maior desvalorização cambial da região.

O ETF de ações mais negociado do México prosseguiu com os prejuízos na segunda-feira após registrar o maior tombo semanal desde janeiro. Ao mesmo tempo, dados comerciais decepcionantes da China e as perspectivas de juros mais altos nos EUA reduziram a demanda por ativos de maior risco. Os investidores se desfizeram das ações mexicanas, enquanto os dados divulgados mostraram que os lucros corporativos superaram as estimativas dos analistas pela maior diferença em pelo menos dois anos, impulsionados pelos gastos do consumidor na segunda maior economia da América Latina.

"As pessoas estão lucrando porque os relatórios do primeiro trimestre das empresas mexicanas vieram muito bons", disse Fabiola Molina, gestora de recursos da Pichardo Asset Management, com sede na Cidade do México, que administra cerca de 2 bilhões de pesos (US$ 110 milhões) em ações mexicanas e se mantém overweight em relação a empresas focadas no consumidor. "Isto ainda se limita mais aos mercados emergentes. Eles são os mais afetados quando há um ambiente global mais fraco".

O iShares Mexico ETF subiu 1,6 por cento nesta terça-feira, para US$ 51,24, às 12h42 em Nova York.

(Com a colaboração de Eric Balchunas)