Citigroup não vê 'onda significativa' de oferta de cobre
(Bloomberg) -- O mundo não está prestes a ser inundado pelo cobre, segundo o Citigroup. O crescimento da oferta ficará significativamente abaixo da demanda até 2020, diminuindo o sentimento de pessimismo que transformou o cobre no metal de pior desempenho deste ano.
A oferta global das minas de cobre terá aumentado 1 milhão de toneladas ao ano até o fim da década, disseram analistas do Citigroup, incluindo David Wilson, em nota enviada por e-mail na terça-feira. É menos do que o total de 1,6 milhão de toneladas de crescimento da demanda previsto pelo Citigroup. O metal usado em fios e cabos subiu apenas 1,6 por cento neste ano, muito menos do que seus pares na Bolsa de Metais de Londres, em meio ao aumento da oferta das minas no primeiro semestre.
O sentimento de pessimismo gerado pela oferta no mercado de cobre "provavelmente terá natureza temporária", escreveram os analistas. "Nós não acreditamos que esse crescimento represente uma onda significativa de oferta".
A visão contrasta com a do Barclays, que argumentou no mês passado que o cobre ficará sob pressão porque a oferta superará a demanda todos os anos até 2020. O Goldman Sachs vê a formação de uma "tempestade de oferta", com cerca de 1 milhão de toneladas de oferta incremental até o primeiro trimestre do ano que vem. Para o Citigroup, a produção das minas não crescerá rápido o suficiente até 2020 após anos de cortes de gastos, restrições a financiamentos de projeto e um declínio no grau do minério.
A oferta crescente no primeiro semestre vem sendo impulsionada principalmente pela aceleração das minas no Peru, disse o Citigroup, mas o crescimento no país deverá perder força e atingirá o pico em 2019. Em uma base global, "sem um financiamento já fechado, na nossa visão é improvável que os projetos de cobre cheguem à produção nessa década devido aos níveis baixos de preço atuais e ao ambiente de restrição de capital", escreveram os analistas.
O cobre apresenta desempenho ruim neste ano em comparação com o zinco e o níquel, que subiram 41 por cento e 18 por cento, respectivamente. O metal era negociado a US$ 4.779 a tonelada às 15:57 em Xangai.
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