Aumento a garçonetes pode reduzir desigualdade de gênero nos EUA
(Bloomberg) -- O aumento do salário mínimo para os trabalhadores dos EUA que recebem gorjetas, congelado há 25 anos, pode reduzir a diferença salarial entre gêneros.
Em 18 estados, os trabalhadores que recebem gorjetas têm direito a um salário-base de apenas US$ 2,13 por hora. É menos de um terço do salário mínimo federal, de US$ 7,25 a hora -- a lógica é que as gratificações aumentam a remuneração desse grupo de trabalhadores até o piso normal. Mas em oito estados, incluindo Alasca, Califórnia e Washington, exige-se que os empregadores paguem o salário mínimo federal aos trabalhadores, independente da quantia que recebem em gorjeta.
Nesses estados com o chamado "tratamento igualitário", as mulheres recebem em média US$ 0,82 para cada dólar ganho por seus pares do sexo masculino. A proporção contrasta com a diferença salarial de US$ 0,22 observada nos estados que adotam o salário mínimo federal de US$ 2,13 para trabalhadores que recebem gorjeta, segundo conclusões do National Women's Law Center, com sede em Washington.
Os estados que oferecem tratamento igualitário com salários maiores também ajudam a tirar da pobreza as trabalhadoras que recebem gorjeta. O índice de pobreza entre as mulheres que recebem gorjeta nos estados com salário mínimo maior é 27 por cento inferior ao registrado nos estados que praticam o salário federal menor.
Além dos empregos que rendem gorjetas, nos estados com tratamento igualitário, onde "os salários são maiores, os índices de pobreza são mais baixos e há menos desigualdade, as mulheres em geral são beneficiadas", disse Jasmine Tucker, diretora de pesquisa do Law Center. O índice de pobreza para todas as mulheres que vivem em estados com salários superiores para empregos com gorjeta é 13 por cento inferior ao dos estados que permanecem nos US$ 2,13.
O relatório surge em um momento em que um salário mínimo mais alto é um dos pontos do debate nacional sobre a ajuda para os trabalhadores, que viram seus salários estagnarem nas últimas décadas. Tanto a candidata presidencial democrata, Hillary Clinton, quanto o candidato republicano, Donald Trump, disseram apoiar um salário mínimo maior. Os que se opõem citam estudos que mostram que pisos salariais superiores podem reduzir o nível de emprego.
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