BRF tem prejuízo recorde no 4T em revés para IPO da Sadia Halal
(Bloomberg) -- (Traduzido por Google e revisado por editores da Bloomberg)
BRF SA, maior exportador de frangos do Brasil, registrou uma perda recorde no quarto trimestre em meio à fraca demanda doméstica e à forte concorrência no exterior, marcando um grande revés para os planos da empresa de vender uma participação em uma unidade.
A BRF, com sede em São Paulo, registrou uma perda líquida de 460 milhões de reais (US $ 150 milhões) nos últimos três meses de 2016, comparado com um lucro líquido de 1,4 bilhão de reais no ano anterior. O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização caiu 70% em relação ao mesmo período do ano anterior para 559 milhões de reais, seguindo a estimativa média de analistas de 871,3 milhões de reais compilada pela Bloomberg.
Na região conhecida como MENA, que inclui o Oriente Médio e o norte da África, o Ebitda caiu 73% no período, levando dúvidas sobre a capacidade da BRF de vender ações da Sadia Halal, sua subsidiária focada em produtos alimentícios para os mercados muçulmanos. Os volumes e os preços caíram na região e a companhia disse que tentou proteger sua parte de mercado em países chaves.
"A esses níveis, não acreditamos que a empresa possa obter uma avaliação atraente para a unidade", disse Gustavo Gregori, analista de renda fixa do Bradesco, em nota divulgada nesta sexta-feira.
A BRF tem lutado por quase um ano com um aumento nos custos depois que uma seca prejudicou a safra de milho do Brasil, que combinada com a pior recessão em um século derrubou as margens de lucro e forçou a indústria a cortar os níveis de produção. Os produtores brasileiros de frango também enfrentaram uma concorrência mais feroz no exterior de países rivais exportadores, incluindo Polônia, Ucrânia e Tailândia, que aproveitaram o fornecimento de grãos mais baratos e moedas mais fracas para impulsionar os embarques para Europa, Ásia e Oriente Médio.
A BRF aceitou vender produtos a preços mais baixos para proteger sua participação em mercados importantes, informou a empresa, provocando recuo nas margens trimestrais do Ebitda para 6,5 ??por cento, ante 21 por cento no ano anterior. Na região de MENA, as margens caíram pela metade em 2016 a 11,8 por cento.
A dívida líquida saltou para 3,25 vezes o Ebitda no quarto trimestre, de 2,36 vezes no trimestre anterior, levando o Bradesco a reduzir sua recomendação sobre a dívida da empresa para o equivalente a vender.
Os resultados da BRF foram decepcionantes após a empresa ter expressado uma visão positiva para a última parte de 2016. Em julho, logo após relatar uma queda de 92% no lucro do segundo trimestre, o presidente da BRF, Abilio Diniz, contou a investidores que o segundo semestre seria "muito diferente" e que as perspectivas começavam a melhorar.
As ações perderam 26% nos últimos 12 meses, em comparação com um salto de 60% para o Ibovespa.
Versão em português: Daniela Milanese em Sao Paulo, dmilanese@bloomberg.net.
Repórter da matéria original: Gerson Freitas Jr. em São Paulo, gfreitasjr@bloomberg.net.
Para entrar em contato com os editores responsáveis: Simon Casey, scasey4@bloomberg.net, Julia Leite, Jessica Brice
©2017 Bloomberg L.P.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.