De Beers busca pedras mais valiosas no fundo do mar africano
(Bloomberg) -- A De Beers encontra alguns de seus diamantes mais valiosos no fundo do oceano Atlântico, ao largo da costa da Namíbia, e está apostando que há muitos mais para serem descobertos.
A maior produtora de diamantes do mundo investiu US$ 157 milhões em um navio de exploração com tecnologia de ponta que vasculhará 6.000 quilômetros quadrados de leito oceânico em busca de gemas, uma área cerca de 65% maior que Long Island.
A unidade da empresa Anglo American executa trabalhos de mineração na região em uma joint venture [empreendimento conjunto] dividida em partes iguais com o governo da Namíbia.
O navio examinará e fará testes no fundo do mar para identificar as áreas mais rentáveis para os barcos da De Beers que sugam diamantes, posteriormente transportados de helicóptero para terra.
A estratégia ajudará a companhia a manter uma produção anual de pelo menos 1,2 milhão de quilates pelos próximos 20 anos, disse o CEO Bruce Cleaver em entrevista.
Essas pedras são "muito importantes para nossa oferta global e para nossos clientes que buscam diamantes de valores mais altos", disse Cleaver.
Os diamantes da Namíbia, carregados pelo Rio Orange, na África do Sul, durante milhões de anos e depositados no oceano, são fundamentais para a De Beers devido à sua alta qualidade.
Embora não sejam as maiores, as gemas têm poucas falhas após serem separadas de pedras maiores em seu caminho até o leito oceânico. Apenas as pedras fortes e de boa qualidade sobrevivem, disse Cleaver.
A unidade da De Beers na Namíbia vendeu seus diamantes por US$ 528 o quilate no ano passado, valor muito superior à média de US$ 187 cobrada pelas pedras da empresa como um todo, e representa cerca de 13% do lucro total da companhia.
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